Escolas municipais de São Paulo terão aulas sobre direitos humanos
Em parceria com Instituto Vladimir Herzog, prefeitura lança projeto com material didático para para professores e alunos
Material será utilizado para formação de professores e, a partir do ano que vem, será aplicado a todos os alunos
São Paulo – Homofobia, bullying, falta de solidariedade com os colegas, excesso de autoritarismo por parte dos professores, tudo isso são violações dos direitos humanos que acontecem dentro da escola e reproduzem o que também se passa do lado de fora.
Para lidar com essas questões, a prefeitura de São Paulo lançou, em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, o projeto Respeitar é Preciso, com material pedagógico para ser trabalhado com alunos e professores das escolas da rede municipal.
O material pedagógico é formado por cinco livros que debatem as principais violações de direitos humanos ocorridas no ambiente escolar, como democracia na escola, respeito e humilhação, sujeitos de direito, igualdade e discriminação.
“O material traz propostas de atividades para serem feitas entre os adultos das escolas e com os alunos. A gente está partindo do princípio que é muito importante que os adultos também entrem em um processo de educação em direitos humanos", diz Neide Nogueira, coordenadora do Vlado Educação, em entrevista ao Seu Jornal, da TVT.
Todo o conteúdo foi desenvolvido pelo Instituto Vladimir Herzog, em colaboração com 650 educadores da rede municipal de São Paulo. O trabalho surgiu das oficinas de formação sobre educação em direitos humanos realizadas nas diretorias regionais de ensino, no ano passado.
Para a professora da rede municipal Maria Bento da Purificação, os cadernos Respeitar é Preciso estão com a voz dos professores. "Os professores participavam do curso, faziam dinâmicas dentro do curso e, a partir dessas dinâmicas, da fala dos professores, ia surgindo esse material."
O lançamento do material foi realizado em parceria entre as secretarias municipais de Educação e de Direitos Humanos e Cidadania. Rogério Sottili, secretário-adjunto de Direitos Humanos, ressalta a importância do projeto: "Em prol de uma nova cultura de direitos, de respeito, de defesa da democracia, de valorização da diversidade, para que nós possamos trabalhar em várias frentes, e a frente mais importante, sem sombra de dúvida é a educação".
Neste ano, o material será utilizado para formação de novos educadores e, a partir do ano que vem, o conteúdo deve ser aplicado para todos os alunos da rede municipal.
Assista à reportagem completa.
r*RBA
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