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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, março 21, 2015

Foi verificada a possibilidade de deslocamento e aumento do contingente militar no Ártico, Báltico e Crimeia”, concluiu o ministro.

Frota do Norte da Rússia

Forças armadas russas concluem um dos maiores exercícios militares dos últimos tempos

© Foto: Alexey Pavlov


Cerca de 80 mil soldados, mais de 200 aeronaves e dezenas de navios de guerra e submarinos participaram das manobras.
Estão chegando ao fim neste sábado os exercícios do exército russo, realizadas em grande escala na parte europeia da Rússia, no âmbito da verificação surpresa de prontidão de combate da Frota do Norte da Marinha, das divisões do Círculo Militar do Oeste e das Tropas Aerotransportadas, informou o ministério da Defesa da Federação da Rússia.
Os exercícios começaram em 16 de março, por determinação do comandante supremo das Forças Armadas da Rússia, Vladimir Putin. Elas foram realizadas com objetivo de verificar a prontidão das tropas e da avaliação das possibilidades de deslocamento das forças armadas das regiões centrais do país para o Ártico em condições climáticas adversas. 
O ministro da Defesa da Rússia, general do exército Sergei Shoigu, informou que 76 mil militares, mais de 10 mil unidades de tanques, 65 navios de guerra, 16 navios de suporte, 15 submarinos e mais de 200 aeronaves participaram da verificação surpresa.
Ao anunciar o início dos exercícios, Shoigu explicou que “os novos desafios e ameaças de segurança militar exigem a continuidade do aumento do potencial de combate das forças armadas, bem como uma especial atenção às condições das unidades estratégicas recém renovadas no norte”. 
Shoigu destacou que, em paralelo aos exercícios no norte, foram realizados treinos de surpresa nos Círculos Militares Oeste, Sul, Central e Leste, com deslocamento de tropas por todo o país.  
“Foi verificada a possibilidade de deslocamento e aumento do contingente militar no Ártico, Báltico e Crimeia”, concluiu o ministro.


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