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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 26, 2010

aloysio nunes é brucutu

Senador eleito tucano 'perde a cabeça' antes de debate na Record

O senador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes (PSDB), perdeu a cabeça logo ao chegar aos estúdios da Record, para o debate entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). O tucano passou a xingar o repórter da Rede Brasil Atual e Revista do Brasil, João Peres, após ser avisado por um assessor de quais publicações se tratavam.
"Não vou conversar com você, seu pelego filho da p... Esta revista é bancada pelo PT", disse ao sair.
"A Editora Atitude, que publica os dois veículos (Rede Brasil Atual e Revista do Brasil), condena a postura do senador eleito e entende que liberdade de expressão não é agredir verbalmente quem está em seu direito constitucional de exercer a liberdade de imprensa, muito menos a função de um representante de um Estado no Senado Federal", diz o diretor da editora Paulo Salvador.
Na semana passada, a coligação tucana pediu, em segredo de Justiça, censura ao número 52 da Revista do Brasil fosse retirada das bancas e do site. O pedido foi atendido em parte pelo TSE. Com isso, o número continua fora de circulação.
Nesta quarta-feira, várias entidades fazem um ato no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, contra a censura pedida pelo PSDB, a partir das 19h.
By: Rede Brasil Atual

As articulação de Kassab no PMDB





Por Fernando Maciel
Da Folha
Mônica Bergamo: Kassab avança nas negociações para fundir DEM com PMDB
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), avança nas negociações para fundir o DEM com o PMDB, informa a coluna Mônica Bergamo, publicada nesta terça-feira pela Folha (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Segundo a coluna, há alguns dias, ele almoçou em SP com o ex-deputado Moreira Franco (PMDB-RJ), que hoje é unha e carne com Michel Temer (PMDB-SP), candidato a vice na chapa da presidenciável Dilma Rousseff (PT). "Eles querem formar o maior partido do Congresso Nacional para se contrapor ao PT", diz um interlocutor do prefeito.
Caso o tucano José Serra (PSDB) vença a eleição, Kassab ajudaria a jogar o PMDB no colo dele. Em caso de vitória de Dilma, o prefeito paulistano, num primeiro momento, manteria a posição de "independência" em relação ao governo federal.
Leia a coluna na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas. 

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