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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 30, 2010

Corrupção abafada no governo Serra vem à tona




Corrupção abafada no governo Serra vem à tona


Os Amigos do Presidente Lula


Reportagem da TV Record abriu o tampão da corrupção abafada no governo de José Serra, em São Paulo.

A Justiça deu um prazo de 48 horas para que o Metrô pare de esconder e apresente os envelopes lacrados das ocorrências da linha Lilás, suspeita de fraude.

A obra foi suspensa e está sob investigação pelo Ministério Público paulista.

No ano passado Jorge Fagali Neto teve uma conta de US$ 10 milhões bloqueadas na justiça por propinas de contratos com o Metrô com a ALSTOM. O irmão dele (José Jorge Fagali) é o atual presidente do Metrô desde a gestão Serra, e misteriosamente José Serra não o afastou do cargo.

A Operação Castelo de Areia da Polícia Federal identificou um esquema de pagamento de propinas de empreiteiras nas linhas verde e na amarela. Também encontrou indíciou de propina à membros da Polícia Civel e Ministério Público para arquivar o processo do desabamento, conhecido como cratera do Metrô, com morte de 7 pessoas. Até hoje ninguém foi punido.

Também estava abafado no governo Serra a corrupção no Rodoanel. Só depois que Serra deixou o governo, que escândalo com Paulo Preto veio à tona. 
*olhosdosertão

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