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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 28, 2010

Inicio da retirada do óleo do Campo de TUPI DO PRÉ SAL



O Tijolaço vai transmitir, ao vivo, com sinal da NBR, o início de produção do pré-sal, direto do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis – primeiro sistema definitivo de produção instalado na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. A previsão é que se inicie em poucos minutos a transmissão. PS. Parece que há problemas, estou colocando o que foi gravado. Abaixo, outro vídeo, com a primeira leva de petróleo
É um momento marcante de nossa história. o dia em que começamos a explorar aquela reserva de petróleo que vai ser a alavanca econômica de um processo político que vai tirar de vez nosso país do atraso e da injustiça social.
É uma riqueza de trilhões de dólares, que os entreguistas sonham em ver nas mãos das multinacionais.
Mas que vai servir ao nosso povão, com um governo coerente depois do de Lula.
Setenta anos depois do primeiro poço comercial perfurado no Brasil, em Canoas, Bahia, produzir os primeiros dez barris diários de óleo, Tupi começa a operar e, até o final do ano, estarão jorrando dali nada menos que 100 mil barris de petróleo por dia.
Assista aqui este grito da independência econômica do Brasil!



*Tijolaço

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