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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 28, 2010

fhc gastou R$ 700 mil reais com tentativa de mudança de nome da Petrobras

FHC gastou R$ 700 mil reais com tentativa de mudança de nome da Petrobras


"Jornalista protagonizou polêmica na Petrobras", copyright Folha de S. Paulo, 15/10/02
"O jornalista Alexandre Machado, 57, que apresentou ontem o programa eleitoral de TV do candidato tucano à Presidência, José Serra, foi o responsável pela polêmica e fracassada tentativa de troca de nome da Petrobras para ‘Petrobrax’ no final do ano 2000.

Machado, que hoje é diretor corporativo do grupo Takano, era à época consultor da presidência da estatal, cargo que deixou em fevereiro de 2001.

O Projeto, que custou R$ 700 mil, segundo a Petrobras, foi aprovado pelo Conselho de Administração da empresa e apresentado ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que teria dado autorização verbal para a realização da troca ao então presidente da empresa, Henri Philippe Reichstul.

Mas FHC se viu obrigado a voltar atrás devido à repercussão política negativa que o anúncio da medida gerou.
Machado foi convidado a apresentar o programa de Serra de última hora. Segundo ele, a equipe da campanha tucana lhe telefonou anteontem, e a gravação foi realizada no mesmo dia durante à noite. Disse que, apesar de não ser amigo pessoal de Serra, tem uma relação antiga com o candidato.

O jornalista já foi diretor da editora Abril, da ‘Gazeta Mercantil’, da TV Educativa do Rio de Janeiro e da TV Gazeta de São Paulo, além de secretário de Comunicação de Mário Covas (durante 11 meses em 1994), entre outros.

O jornalista também apresentou o programa ‘Vamos Sair da Crise’, na TV Gazeta, durante sete anos, na década de 80, o que lhe garantiu o prêmio APCA de melhor apresentador da televisão brasileira em 1988."


*TERROR DO NORDESTE

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