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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 14, 2012


Livro aborda ação de Israel contra programa nuclear do Irã

Livro sobre morte de cientistas nucleares por Israel se torna sensação no Irã

Segundo obra 'Spies Against Armageddon', assassinos eram agentes da Mossad que usufruíam de casas que atuavam como agências dentro do Irã desde a época do xá

The New York Times
A última sensação literária de Teerã é um suspense sobre o programa nuclear iraniano, repleto de espionagem, assassinato e astúcia política. Mas os seus autores não são ex-agentes de inteligência iranianos ou escritores de ficção militar do país. Eles não são o equivalente ao escritor americano Tom Clancy, autor de "Caçada ao Outubro Vermelho".
AP
Corpo do cientista Mostafa Ahmadi Roshan é carregado pelas ruas de Teerã (13/1)
O livro, “Spies Against Armageddon: Inside Israel’s Secret Wars” ( Espiões contra o Apocalipse: Dentro da Guerra Secreta de Israel, em tradução livre), provocou uma agitação entre o governo e a imprensa de oposição dentro do Irã devido à afirmação feita por seus autores - Yossi Melman, considerado um dos principais jornalistas militares de Israel, e Dan Raviv, um correspondente político da emissora CBS – de que cinco cientistas nucleares iranianos mortos nos últimos cinco anos foram assassinados, bem provavelmente por agentes persas ou judaicos, contratados pela Mossad, o serviço secreto de Israel.
Israel não confirmou nem negou ser responsável pelos assassinatos.
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*Nassif

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