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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 07, 2012

WILLIAN BONNER E PATRÍCIA POETA NÃO GOSTARAM DO DESEMPENHO DOS ADVOGADOS DE DEFESA DOS RÉUS DO MENSALÃO

 

NOTICIÁRIO BUROCRÁTICO ESCONDE O QUE ACONTECEU NO PLENÁRIO DO STF


Culpados ou inocentes ? 


Isso são os juízes, ministros do STF que vão decidir, mas, é inegável que, cumprindo o seu papel, os advogados de defesa dos 
RÉUS na Ação Penal 470 deram um "banho" de provas e argumentos na tarde de ontem, quando apresentaram suas peças de defesa e contestação ao que a Procuradoria Geral da República, através do Procurador Roberto Gurgel apresentou como material para embasar o pedido de condenação. 

Evidente que um processo dessa complexidade não se resolve ou define com base no desempenho da atuação de acusação ou defensores, coisa muito mais significativa quando se trata de um TRIBUNAL DE JURI. 

INFORMAR COM ISENÇÃO É MOSTRAR A VERDADE DOS FATOS

Mas, ao deixar de registrar os pontos realmente importantes em que os advogados desmontaram quase que todas as "supostas provas da acusação" e alegações do Procurador, o JORNAL NACIONAL perdeu outra oportunidade de informar com isenção e fazer jornalismo com "J".  

Para uma matéria dessa relevância, era de se esperar que o jornal colocasse imagens e fala do procurador acusando, seguida da contestação do advogado que fosse pertinente ao fato, permitindo assim ao telespectador fazer de imediato uma comparação. 

O JN e a Globo tem material humano e capacidade técnica para isso, mas, uma montagem nesses moldes, que traria clareza ao que está acontecendo, não interessa. 

Montagem de imagem na GLOBO só tipo aquela do debate entre Collor e Lula.

do 007BONDeblog 
*cutucando deleve

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