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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 22, 2015

Som "Antifascista" sobre auto-organização e ação para autodefesa popular.

Gangue Bloods, Novo Partido dos Panteras Negras e Movimento Negro Esmaga Marcha da Ku Klux Klan

Simpatizantes da supremacia branca e o grupo radical negro
 coincidiram em um marcha na Carolina do Sul.

Terroristas da organização racista Ku Klux Klan, que proclama a supremacia branca e integrantes do grupo radical de autodefesa a favor da luta revolucionária para libertação e emancipação do povo negro New Black Panther Party (Novo Partido dos Panteras Negras) coincidiram sábado passado (18) em duas marchas em Columbia, na Carolina do Sul. As manifestações tiveram lugar uma semana depois que a bandeira confederada, cujo símbolo está sendo revalorizado desde a matança de Charleston, foi retirada do Parlamento local após mais de meio século tremulando como símbolo da Guerra Civil e do passado de extrema segregação e escravidão no sul dos Estados Unidos.
Membro da gangue Blood confrontando racista onde
se deu lugar a conflitos em que os negros enxotaram os nazistas. 

Membros dos Cavaleiros Leais Brancos, uma fração da Ku Klux Klan, se manifestaram para protestar contra a ação de retirada da bandeira e durante a marcha mostraram faixas confederadas e algumas contendo a suástica nazista no meio e preferiram insultos aos negros que passavam pelo lugar e que horas antes haviam realizado uma vigília nos escalões do Parlamento para celebrar a retirada da bandeira numa marcha que foi convocada peloNovo Partido dos Panteras Negras.

Vídeo com o momento em que membros da Bloods esmagam nazista:



Composta por membros das gangues de rua BloodsCrips e integrantes do New Black Panther Party e vários negros ligados a movimentos por direitos civis, os protestos se intensificaram quando as duas marchas se encontraram. Agressões verbais racistas passaram a serem desferidas aos membros da comunidade negra que revidaram verbalmente e para além da palavra, partiram para cima de vários dos nazistas ali presentes. O choque entre membros da organização supremacista e da organização radical negra para autodefesa e libertação deixou vários feridos e ao menos dois detidos.
Cerca de 400 pessoas do NBPP (New Black Panther Party), partido criado para autodefender e impulsionar uma luta revolucionária para libertação e emancipação dos negros inspirados pelo antigo Partido dos Panteras Negras marcharam nas ruas uniformizados e carregando bandeiras do movimento. Membros da organização e outros negros radicais queimaram várias bandeiras confederadas em frente ao Parlamento. Alguns membros de conhecidas gangues de rua norte-americanas compareceram ao evento e não tardaram a perseguir, agredir e enxotar vários racistas que desferiam ódio pelas ruas.

Pela auto-organização popular e individual para autodefesa e para uma luta revolucionária de caráter político, econômico e social autônomo! Todo poder ao povo!

Via Tele Sur
Negro de punho cerrado protesta contra racistas em frente ao Parlamento.

Integrantes da Blood esmagam nazista que marchava pela rua.

Negros rasgam bandeira confederada.

Novo Partido dos Panteras Negras protesta em frente ao Parlamento.


Confira o zine "Falando Sobre Autodefesa - Da Autodefesa à Libertação e Autonomia"

Vai ficar você omissx sem fazer nada? Busque você uma arma, entende bem o que eu digo? Reúna-se com seu meio, seja ele campesinato, proletariado, diaristas que sofrem violência doméstica, periferia, uma tribo indígena, skatistas, movimento Hip Hop, Punks ou grupos sociais e armem-se. Punhal, pistola, soqueira, bastão, bomba e IDEOLOGIA. Não importa do que seja, o importante é que vocês estejam armadxs e preparadxs. Estejam fisicamente capazes a enfrentar um severo embate físico e pratiquem artes maciais. De preferência lutas criadas integralmente para a autodefesa e aniquilação ou detenção rápida do agressor como o Krav Magá. Aprimorem suas resistências e criem extrema disciplina. Criem e mantenham fundos de apoio a possíveis camaradas presxs e pratiquem Cultura de Segurança tendo em vista que possam ser alvos de serviços secretos de inteligência ou da própria polícia a qualquer momento. Preparem-se psicologicamente para os piores cenários. Convertam seus grupos de afinidades em grupos com tais propósitos de ação ou também de objetivos revolucionários. Estudem e pratiquem resolução de conflitos dentro de grupos. Criem células descentralizadas e com atuações autônomas, mas com força popular e guiadas pelo mesmo ideário. Convençam suas/seus amigas/amigos e próximxs a fazerem o mesmo. E antes de tudo: tenham o ideal revolucionário libertário em mente guiando sempre todos os seus passos. À ação!

Som "Antifascista" sobre auto-organização e ação para autodefesa popular.
*http://www.uniomystikaum.org/2015/07/gangue-bloods-novo-partido-dos-panteras.html

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