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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 24, 2015

Novo estudo indica que maconha pode ser uma opção de tratamento promissora para vários problemas físicos de médicos, do transtorno do estresse pós-traumático adores crônicas,eficaz contra depressão


Novo estudo indica que maconha pode ser eficaz contra depressão

MACONHA


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Pesquisas sugerem que a cannabis pode ser uma opção de tratamento promissora para vários problemas físicos de médicos, do transtorno do estresse pós-traumático adores crônicas. Um estudo divulgado esta semana sugere que a depressão pode ser incluída na lista.
Neurocientistas do Centro de Pesquisas de Vício da Universidade de Buffalo descobriram que os endocanabinoides – compostos químicos do cérebro que ativam os mesmos receptores que o THC, um composto ativo da maconha – podem ajudar no tratamento da depressão resultante de estresse crônico.
Em estudos com ratos, os pesquisadores descobriram que o estresse crônico reduz a produção de endocanabinoides.
Eles afetam nossa cognição, emoção e comportamento e foram associados à diminuição de dor e ansiedade, ao aumento do apetite e à sensação geral de bem-estar.
O corpo produz naturalmente esses compostos, similares aos encontrados na maconha.
A redução da produção de endocanabinoides pode ser uma razão pela qual o estresse crônico é um grande fator de risco no desenvolvimento da depressão.
Os pesquisadores ministraram canabinoides aos ratos e descobriram que eles são uma maneira eficaz de reequilibrar os níveis de endocanabinoides no cérebro – possivelmente, portanto, aliviando alguns sintomas da depressão.
“Usando compostos derivados da cannabis – maconha – para restaurar a função endocanabinoide normal pode potencialmente ajudar na estabilização do humor e aliviar a depressão”, disse o autor do estudo, Samir Haj-Dahmane, em um comunicado de imprensa.
Pesquisas recentes sobre o efeito da maconha no tratamento de transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) amparam as descobertas dos neurocientistas de Buffalo, pois ambos os problemas envolvem a maneira como o cérebro responde ao estresse.
Um estudo publicado no ano passado na revista Neuropsychopharmacology, por exemplo, descobriu que canabinoides sintéticos provocam mudanças em áreas do cérebro associadas a memórias traumáticas em ratos, evitando alguns dos sintomas comportamentais e fisiológicos do TEPT.
Outro estudo do ano passado descobriu que pacientes que fumaram maconha apresentaram uma redução de 75% nos sintomas de TEPT.
Entretanto, é importante notar que a relação entre maconha e depressão é complexa. Pesquisas sugerem que o uso regular e intenso de maconha pode representar risco de depressão, apesar de não haver uma relação causal comprovada.
São necessários mais estudos para determinar se e como a maconha pode ser usada em contexto clínico para o tratamento de pacientes com depressão.
Leia a íntegra do estudo aqui.
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

*http://www.brasilpost.com.br/2015/02/25/maconha-depressao_n_6745050.html

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