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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, novembro 01, 2015

Malévola Buxa Tatcher

Rede Revolucionária
a "Bruxa", como era chamada por parte da população britânica morreu, houveram diversas manifestações espontâneas em comemoração a morte de 
Margaret Thatcher.
Os motivos pelo qual a mesma é chamada de bruxa são vários, aqui vão dez:
1. Como secretária de Educação Thatcher retirou o leite da merenda escolar, desregulando posteriormente o cardápio de forma que tudo o que havia no menu era chips e hambúrguer.
2. Na primeira das duas recessões de seu governo (a pior desde 1930), um quinto da produção industrial foi destruído e o desemprego duplicou.
3. Entrou em guerra contra a Argentina pelas Ilhas Malvinas, com o objetivo claro de distrair a atenção da população para os graves problemas econômicos domésticos através da guerra estrangeira.
4. Aumentou o abismo entre ricos e pobres. Quando assumiu o governo os 50% mais ricos do país detinham 97% de toda a riqueza do país. Thatcher fez com que apenas os 10% mais ricos do país detivessem 97% da riqueza.
5. Os jovens mendigos foi uma invenção de Thatcher. O legado do desemprego massivo para a juventude e regiões com altos índices de criminalidade são uma herança de seu governo.
6. O mito da “líder forte”: isso foi uma invenção total da imprensa. A única força de Thatcher era não ter princípio algum, como mostra suas flutuantes posições sobre o tabagismo e o federalismo, por exemplo.
7. Degradação das profissões sociais: assistentes sociais foram praticamente chamados de criminosos em seu governo. O salário dos professores foi tão degradado que a profissão quase desapareceu enquanto tal.
8. “Não existe sociedade”, ela disse. Será que Thatcher previu a geração “playstation”? O egoísmo como virtude é o que parece resumir todo o senso de moralidade de Thatcher.
9. Privatização e corrupção. Thatcher privatizou seviços essenciais à população como água, gás, eletricidade, transporte urbano e rodovias.
10. A taxa de criminalidade duplicou sob Thatcher. Essa talvez seja a estatística mais surpreendente, considerando sua ênfase na “lei” e na “ordem”.

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