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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 25, 2011

Dilma e Lula participam da homenagem a José Alencar no aniversário de SP

Presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula entrega da Medalha 25 de Janeiro ao ex-vice-presidente José Alencar durante cerimônia em São Paulo.



O ex-presidente Lula, o ex-vice-presidente José Alencar e a Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega da Medalha 25 de Janeiro. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Presidenta Dilma Rousseff entrega a Medalha 25 de Janeiro ao ex-vice-presidente José Alencar. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR




 
O ex-vice-presidente da República José Alencar, foi homenageado pela prefeitura de São Paulo com a Medalha 25 de Janeiro.

A presidenta Dilma Roussef prestigiou a homenagem, entregando a medalha pessoalmente. Lula também compareceu à homenagem.

Alencar emocionou-se com a homenagem, falou sobre seu delicado estado de saúde (ele saiu do hospital apenas durante a homenagem), agradeceu apoios e preces, e exibiu sua alegria de viver na hora de falar:

- Como me ensinou o Lula, os discursos têm que ser que nem vestidos. Não podem ser tão curtos que nos escandalizem, nem tão longos que nos entristeçam. - disse o ex-presidente.

Ele elogiou a força da economia de São Paulo, mas não deixou de lembrar o papel do governo Lula, do qual ele participou, para colocar a economia nos trilhos e fazer da crise internacional a marolinha:

- Que me desculpem aqui, mas tenho que dizer que esse Brasil vai bem graças à dedicação do presidente Lula - disse.

Também compareceram, além do prefeito anfitrião Gilberto Kassab (DEMos/SP), o atual vice-presidente Michel Temer (PMDB/SP) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB/SP).

Alckmin, ao discursar, abandonou o discurso oposicionista, dizendo: - Quero dizer para a presidente Dilma da minha alegria de recebê-la aqui e desejo um ótimo mandato..

FHC foge de vaias e deixa para receber sua medalha depois, pela porta dos fundos

Kassab também resolveu agraciar FHC com a medalha, mas o ex-presidente demo-tucano não compareceu, alegando estar na Suíça (O que FHC foi fazer na Suíça, onde há contas bloqueadas da propina da Alstom a tucanos paulistas?).

Assim FHC receberá a medalha em outra ocasião, sem a presença de populares e sem vaias. Poderá entrar pela prefeitura soturnamente, chegando em carro com vidros escuros e entrando diretamente na garagem, pela porta dos fundos, bem longe da vista de populares.
*osamigosdopresidente lula

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