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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Lula no Estádio municipal: aqui nasceu um presidente


Inaugurado em 1968, o estádio municipal de São Bernardo foi o principal palco do início da carreira política de Luiz Inácio Lula da Silva. Quando era líder sindical na cidade do ABC paulista, o ex-presidente fez inúmeros comícios no local, que ficava sempre lotado de metalúrgicos. Foi nessa época que o nome de Lula ganhou projeção nacional.


O maior evento liderado por Lula no estádio ocorreu em 13 de maio de 1979, naquela que é considerada a maior greve da história do Brasil. Aproximadamente 60 mil metalúrgicos pararam de trabalhar e estiveram no Primeiro de Maio para ouvir o líder sindical. Dez anos depois, aquele mesmo líder começaria a concorrer à Presidência do Brasil. Foram quatro tentativas até que fosse eleito em 2002 e ficasse no cargo até 2010.


"Aqui nasceu um presidente da República, aqui nasceu um movimento sindicalista que brigou muito pelo direito dos trabalhadores", disse Lula, que recebeu uma placa em sua homenagem antes do jogo São Bernardo e Corinthians.
 


ENQUANTO SERRA PASSOU O FIM DE ANO EM PARIS E FHC JÁ MORA LÁ , LULA MOSTRA SEU AMOR AO POVO BRASILEIRO

Lula faz discurso e maratona de entrevistas em jogo do Corinthians

Ex-presidente ganhou carteirinha de torcedor, placa comemorativa e foi a todas as cabines de rádio, mas só falou de futebol

Ricardo Galhardo, iG São Paulo


Embora tenha dito que desde o dia 1º de janeiro é um “cidadão comum”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda enfrenta uma rotina de autoridade. Neste domingo, ao acompanhar a partida entre São Bernardo e Corinthians no estádio 1º de Maio, em São Bernardo, Lula fez uma via sacra de entrevistas a emissoras de rádio que transmitiam o jogo, recebeu homenagens como na época em que governava o Brasil e até discursou.
Lula tentou ser neutro, mas acabou demonstrando que torcia para o Corinthians
Foto: AE
Lula tentou ser neutro, mas acabou demonstrando que torcia para o Corinthians
*aposentadoinvocado

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