Israel e Estados Unidos já não sabem mais o que fazer. Querem porque querem participar da escolha do novo dirigente do Egito. Mas está difícil porque a população egípcia está irredutível.
Quer escorraçar o ditador Mubarak o mais rápido possível do poder.
Eles não o perdoam porque abandonou os palestinos.
Todos no Oriente Médio sabem disso menos a mídia ocidental.
O mesmo pode-se dizer da Tunísia, Líbano e agora Jordânia e Iêmen.
E logo, logo Mauritânia e Somália.
Líbia, Argélia e Marrocos já mobilizaram seus aparelhos repressivos para enfrentar suas populações.
Barack Obama sabe disso, mas ele nada pode fazer contra o lobby judaico que domina o parlamento e a mídia dos Estados Unidos.
O inconformismo dos árabes aumentou depois que o presidente Lula reconheceu o Estado Palestino, seguido por inúmeros países latino-americanos.
Já são mais de 100 países reconhecendo plenamente o Estado Palestino com fronteiras de 1967.
E soma-se a isso, mais de 60 Ongs de Israel.
Ron Pundak um dos dirigentes do comitê de coordenação das Ongs israelenses, declarou: "Decidimos reconhecer simbolicamente um Estado nas fronteiras de 1967 junto a Israel, com Jerusalém como capital dos dois Estados, assim como fizeram recentemente vários países da América do Sul".
Imaginem a repercussão dessa declaração entre a população árabe.
Mubarak, que tem o hálito de um faraó recém retirado da tumba, tem tanta certeza que seus dias estão contados, que já despachou seus familiares para fora do país com dezenas de malas abarrotadas de dólares e euros.
E se ele ainda não fugiu é porque Estados Unidos e Israel pediram para que permanecesse mais alguns dias para eles negociarem com seu sucessor.
Por enquanto eles só poderiam negociar com Mohamad Al-Baradei. Mas Baradei dificilmente contará com o apoio da população.
Soma-se a isso o fato de que ele dificilmente confiaria nos Estados Unidos. Afinal, apesar de ser Premio Nobel da Paz, foi literalmente escorraçado da Agencia Internacional de Energia Atômica por George W.Bush porque recusou-se a confirmar a existência de armas de destruição em massa no Iraque.
O que apavora Estados Unidos e Israel é a possibilidade de Os Irmãos Muçulmanos assumirem o poder, o que pode levar diversos outros aliados do Ocidente na região a seguir o exemplo egípcio.
A questão que se coloca é clara: ou se reconhece imediatamente o Estado Palestino, ou de nada adiantarão os conchavos.
E o Iran assiste a tudo de camarote...
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