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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Nem a Globo segurou o inimigo do pobre que tem carro





Prates: esses “projetos pessoais” são um perigo !

Saiu no Twitter:

Colunista Luiz Carlos Prates deixa o Grupo RBS


Comunicador se afasta para seguir com projetos pessoais


Em decisão conjunta com a empresa, o colunista Luiz Carlos Prates está deixando de atuar nos veículos do Grupo RBS. O comunicador se afasta para seguir com projetos pessoais depois de mais de duas décadas no grupo.


No Diário Catarinense, onde trabalhou por quase 23 anos, Prates começou escrevendo sobre esportes, passando a tratar sobre o cotidiano, área na qual também conquistou incontáveis admiradores.


— Sou grato pelo contato com os leitores e com o público. Parto para um novo ciclo em minha vida — diz o comunicador.


Durante o verão, o espaço da página 2 do DC será ocupado pela coluna Cadeira de Praia.


DIÁRIO CATARINENSE

Navalha
E os outros inimigos do pobre que tem carro e que usam e abusam do espaço PÚBLICO que a Globo explora comercialmente ?
Quando eles vão parar de manifestar o ódio ao pobre que anda de avião ?
Quando também esses vão preferir seus “projetos pessoais” ?
Clique aqui para ver o vídeo inesquecível: Prates ataca pobre que usa carro.




Paulo Henrique Amorim

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