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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 05, 2011

O PIG e os círculos diplomáticos imperialistas gostam de chamar Hugo Chávez de Bufão.

O BUFÃO HUGO CHÁVEZ

O PIG e os círculos diplomáticos imperialistas gostam de chamar Hugo Chávez de Bufão.
Mas o que vem a ser o Bufão?
A palavra Bufão(comediante) vem mesmo de "bufa" ou "peido".
Usando a mímica e a pantomima os bufões faziam rir as pessoas na Idade Média e Renascença imitando os sons de bufas com a boca.
Quando refiro-me à elegância na comédia do Teatro ou do Circo, não abro mão da bufa, se necessária.
As escatologias do gênero devem ser feitas sempre de maneira, suave, sutil, elegante,, mas óbiva e destinada a um público popular.
Justamente o público de Chávez.
A função do bufão não é agredir, chocar, ou escandalizar.
É função do bufão - entre outras - desmontar a rigidez do Sistema no poder.
E isso Chávez faz muito bem, expondo ao ridículo e mostrando a fragilidade dos EEUU e sua política externa.
E uma bufa liberada na hora certa é garantia de gargalhada garantida há séculos, senão milênios.
Uma bufa certa, como chamar Bush de "diablo" na Asssembléia da ONU.
As classes dominantes de hoje, outrora revolucionárias, ficam indignadas com gestos ou palavras mais "bufônicas" na cena.
Trata-se de uma repressão ao popular e seu enquadramento na ética e na moral burguesas.
Exatamente tudo que o PIG e os poderosos do Mundo gostariam de fazer com Hugo Chávez.
O nosso bufão de primeira qualidade.

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