A emboscada tucana na USP
Conjunto Residencial dos Estudantes da USP completamente cercado durante emboscada da Tropa de Choque para desocupar o prédio da reitoria.
Toda a região próxima da reitoria foi isolada pela Cavalaria e pela Tropa de Choque para impedir o acesso daqueles que queriam se juntar aos estudantes ocupados ou só mesmo permanecer por perto para que os direitos humanos não fossem violados.
*comtextolivre
Alckmin dá “aula de democracia” na USP
Por Altamiro Borges
Perguntado sobre a truculenta invasão da tropa de choque da PM ao campus da USP, o governador Geraldo Alckmin deu a seguinte resposta à imprensa agora à tarde: “Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia... Eles precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É lamentável que tenha que chegar ao ponto da polícia ter que ir lá para cumprir uma decisão judicial”.
O tucano não é propriamente um entendido em democracia. Ele se projetou politicamente durante a ditadura militar, inclusive com apoio de notórios golpistas da sua tradicional família. Com o passar do tempo, Alckmin se tornou um simpatizante do Opus Dei, uma seita de direita com origem na ditadura franquista da Espanha. Usou até o Palácio dos Bandeirantes para as pregações do grupo.
Imagens lembram tempos sombrios
No caso da invasão da USP nesta madrugada, no qual foram utilizados mais de 400 soldados, armas pesadas e até helicópteros, também não é aconselhável falar em “aula de democracia”. As imagens lembram o período sombrio do regime militar, lembram a invasão da PUC-SP em 1977, comandada pelo falecido coronel Erasmo Dias, um ex-aliado do atual governador tucano.
Segundo relatos de deputados que acompanharam os 73 estudantes da USP presos hoje, eles foram tratados como “marginais”. Eles ficaram o dia todo trancados em ônibus em frente à 91ª Delegacia de Polícia, na zona oeste da capital. “Estamos num Estado democrático de direito. Não dá para tratar os jovens como se estivéssemos na ditadura”, criticou o deputado Adriano Diogo (PT).
Ação e punições desproporcionais
Para o parlamentar, a ação da tropa de choque e as punições aos estudantes – como a exigência de fiança de um salário mínimo – são desproporcionais. “Parece que o único objetivo do governo estadual é punir. Estão todos trancados dentro de um ônibus o dia todo, sem alimentação adequada. Prenderam até mesmo a mãe de um aluno que estava nervosa com a situação”.
“Houve inabilidade da reitoria ao lidar com os estudantes e a policia está agindo como na época da ditadura militar, procurando os ‘cabeças do movimento’. O reitor da USP deveria ser o primeiro a tentar soltar os garotos e não criminalizá-los. O número de artigos que eles foram incluídos é absurdo”, completa o deputado. Os estudantes podem pegar pena de até três anos prisão.
Excitação dos “indigentes mimados”
Baita “aula de democracia” do governador Geraldo Alckmin. E ele até disputou uma eleição presidencial e ainda não desistiu desta ambição. O Brasil que se cuide. A democracia do tucano é bem truculenta e rancorosa. Não é para menos que agrada tanto alguns histéricos da direita nativa e certos “indigentes mimados” da mídia corporativa - como Gilberto Dimenstein, Josias de Souza e o pitbull da Veja.
Perguntado sobre a truculenta invasão da tropa de choque da PM ao campus da USP, o governador Geraldo Alckmin deu a seguinte resposta à imprensa agora à tarde: “Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia... Eles precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É lamentável que tenha que chegar ao ponto da polícia ter que ir lá para cumprir uma decisão judicial”.
O tucano não é propriamente um entendido em democracia. Ele se projetou politicamente durante a ditadura militar, inclusive com apoio de notórios golpistas da sua tradicional família. Com o passar do tempo, Alckmin se tornou um simpatizante do Opus Dei, uma seita de direita com origem na ditadura franquista da Espanha. Usou até o Palácio dos Bandeirantes para as pregações do grupo.
Imagens lembram tempos sombrios
No caso da invasão da USP nesta madrugada, no qual foram utilizados mais de 400 soldados, armas pesadas e até helicópteros, também não é aconselhável falar em “aula de democracia”. As imagens lembram o período sombrio do regime militar, lembram a invasão da PUC-SP em 1977, comandada pelo falecido coronel Erasmo Dias, um ex-aliado do atual governador tucano.
Segundo relatos de deputados que acompanharam os 73 estudantes da USP presos hoje, eles foram tratados como “marginais”. Eles ficaram o dia todo trancados em ônibus em frente à 91ª Delegacia de Polícia, na zona oeste da capital. “Estamos num Estado democrático de direito. Não dá para tratar os jovens como se estivéssemos na ditadura”, criticou o deputado Adriano Diogo (PT).
Ação e punições desproporcionais
Para o parlamentar, a ação da tropa de choque e as punições aos estudantes – como a exigência de fiança de um salário mínimo – são desproporcionais. “Parece que o único objetivo do governo estadual é punir. Estão todos trancados dentro de um ônibus o dia todo, sem alimentação adequada. Prenderam até mesmo a mãe de um aluno que estava nervosa com a situação”.
“Houve inabilidade da reitoria ao lidar com os estudantes e a policia está agindo como na época da ditadura militar, procurando os ‘cabeças do movimento’. O reitor da USP deveria ser o primeiro a tentar soltar os garotos e não criminalizá-los. O número de artigos que eles foram incluídos é absurdo”, completa o deputado. Os estudantes podem pegar pena de até três anos prisão.
Excitação dos “indigentes mimados”
Baita “aula de democracia” do governador Geraldo Alckmin. E ele até disputou uma eleição presidencial e ainda não desistiu desta ambição. O Brasil que se cuide. A democracia do tucano é bem truculenta e rancorosa. Não é para menos que agrada tanto alguns histéricos da direita nativa e certos “indigentes mimados” da mídia corporativa - como Gilberto Dimenstein, Josias de Souza e o pitbull da Veja.
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