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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 09, 2011

Romário e a fifa


*+no comtextolivre


A Lei que protege Mr. Teixeira (no Brasil).

Mussnich, um especialista em teias (societárias)
O deputado Romário fez ontem na Câmara o que nenhum outro deputado fez: questionou a autoridade moral de Mr Teixeira did you accept the bribe, e do vice-presidente da FIFA, um certo Sr. Valcke.

Sabe-se que renasceu a “bancada da bola”, um dia liderada por Eurico Miranda, nome que engrandece o Esporte da Pátria.

Foi essa “bancada” que tentou impedir que a CPI da Nike, presidida por Aldo Rebelo, hoje Ministro do Esporte, apresentasse o relatório que incriminou o Mr Teixeira.

Ele foi incriminado onze vezes e onze vezes absolvido !

Agora, aparentemente, a “bancada da bola” no Congresso tem outros membros.

Porém, o que os une são os mesmos Altos Interesses de antes: os do Mr. Teixeira.

Amigo navegante que acompanhou a desassombrada intervenção do deputado Romário chamou a atenção para fato revelador.

Quem é o espírito santo de orelha do Mr. Teixeira ?

Aquele que lhe provê o conhecimento da Lei ?

Sim, porque Mr Teixeira deve ser um exímio especialista na matéria, para se livrar de onze incriminações de corrupção.

O espírito santo de orelha é um notável advogado da banca do Rio, Chico Mussnich.

Ele dá assessoria a Mr. Teixeira no âmbito da CBF e conselhos afins.

Ele também faz parte da família – em sentido amplo, o sentido latino, que se instalou na língua italiana, por exemplo – de Daniel Dantas.

Da mesma ampla família de que faz parte o notável senador Heráclito Fortes, que processa este ansioso blogueiro, numa das 41 ações que contra ele se movem.

Mussnich casou ou foi noivo da irmã de Daniel Dantas.

Aquela que acompanhou o irmão ao PF Hilton, por determinação do Juiz De Sanctis.

E manteve ligações societárias com a filha do Cerra na Flórida (em Miami ! Miami ? Êpa ! ).

E numa negócio obscuro, que quebrou o sigilo de milhões de contas bancárias, como denunciou o Leandro Fortes, na Carta Capital.

Mussnich é um dos 3003 advogados de Dantas.

Mussnich é especialista em montar “teias societárias”.

Dantas é especialista em operá-las.

Como sabe, o amigo navegante, a Operação Satiagraha II, presidida pelo Delegado Saadi, vaza preferencialmente para uma revista da Globo, a Época.

Num dos vazamentos, aparece alguém em contato com os ajudantes de ordens do Presidente da República (Fernando Henrique Cardoso) para defender os interesses de Daniel Dantas.

Noutro vazamento preferencial da revista da Globo, aparece um lobbista de Dantas em contato com o motorista de Cerra para defender os interesses de Dantas.

Nos dois casos, os interesses de Dantas foram plenamente atendidos: pelos ajudantes de ordem e pelos motoristas.

Viva o Brasil !

Se a revista da Globo pode, esse ansioso blogueiro também pode.

Este ansioso blogueiro localizou na Satiagraha (I ou II, dr Saadi ?) uma escuta LEGAL em que Mussnich e Daniel Dantas conversam sobre os interesses de Daniel Dantas nos negócios da Copa.

E sobre o papel que Mr Teixeira poderia desempenhar nessa atividade “bancária” do banqueiro Dantas: a Copa !

Clique aqui para ler o Mino, que se referiu aos negócios da Copa como uma verdadeira máfia !

Esse Mino …


Paulo Henrique Amorim

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