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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 11, 2011

VENEZUELA É INVADIDA POR SUBMARINO ESTRANGEIRO - COMANDANTE CHAVES FURIOSO!

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira que um submarino não-identificado, mas de "propulsão nuclear", invadiu águas territoriais venezuelanas na terça-feira e depois fugiu.



"Detectamos um submarino em águas venezuelanas, não podemos acusar ninguém, apenas suspeitamos", declarou Chávez ao canal estatal VTV. "Foi perseguido e escapou porque é muito mais rápido que os nossos", acrescentou o presidente venezuelano, comentando que tamanha velocidade indicaria que o submarino possuía propulsão nuclear.

NOTA. O governo da Venezuela tem participado de exercícios de defesa naval com a Russia, contando com a  presença de navios do porte do Pedro o Grande (foto abaixo) que,  em águas da América do Sul é de surpreender. O cruzador nuclear é provavelmente o mais moderno e poderoso navio de guerra do mundo, depois dos navios-aeródromos americanos.
Enquanto o mundo gira e as coisas acontecem, o Brasil adia o anúncio e a execução do seu plano estratégico de defesa. A Venezuela, por sua vez, ao permitir a operação de navios e aviões anti-submarino russos a partir do seu território, vai mostrar aos EUA como é bom brincar no quintal dos outros.

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Chávez ressaltou que o Governo está investigando o incidente. "Não podemos acusar ninguém porque não temos provas, mas sem dúvida era um submarino", frisou. O líder venezuelano insinuou que "os impérios se acostumaram a navegar pelo mar do Caribe e a se espalhar por todos os lados. Além disso, usam seus satélites para espionagem", considerou.



Chávez concluiu dizendo que a Venezuela não cairá "em provocações, nem internas nem externas" e continuará "transformando o país em paz".



Fonte: EFE/inferência e ilustração do militânciaviva

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