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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Morre Kim Jong-il, líder da Coreia do Norte

Filho mais novo é o ‘grande sucessor’; Coreia do Sul põe Forças em alerta e Bolsa de Seul cai
PYONGYANG e SEUL - A TV estatal da Coreia do Norte informou nesta segunda-feira que o governante do país, Kim Jong-il, morreu no último sábado, às 8h30m (horário local, 21h30m de sexta-feira pelo horário de Brasília). O líder, de 69 anos, enfrentava sérios problemas de saúde e já tinha sofrido um derrame, em 2008. Segundo fontes, ele estava em estado de apoplexia há alguns meses. De acordo com um despacho norte-coreano publicado pela agência sul-coreana Yonhap, Kim morreu por causa de "fadiga mental e física" e teve um ataque cardíaco durante uma viagem.
O anúncio da morte do líder, que governou o país por 17 anos, foi transmitido pela TV estatal com um pronunciamento emocionado de uma apresentadora vestida de preto: “Nosso grande líder morreu”.
O líder morto sábado - que recebeu o comando da Coreia do Norte de seu pai - já havia escolhido o mais novo de seus três filhos, Kim Jong-un, (foto) para sucedê-lo. A TV estatal anunciou oficialmente: “Kim Jong-un é o grande sucessor e líder do partido (dos Trabalhadores), das Forças Armadas e do povo”
Mas há desconfianças sobre o futuro político do país comunista, que há anos vive uma séria crise econômica e fortes tensões com os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão, países que Kim Jong-il já ameaçou atacar.
Reações tensas nos vizinhos e nos mercados
As forças armadas sul-coreanas entraram em alerta e a bolsa de Seul - país constantemente ameaçado pela Coreia do Norte - teve forte baixa após o anúncio da morte do líder. Motivo: as incertezes envolvendo o vizinho comunista. O governo sul-coreano convocou uma reunião de emergência.
Nos Estados Unidos, a Casa Branca informou que está monitorando de perto a situação. O presidente Obama e seu colega sul-coreano, Lee Myung-bak, conversaram por telefone logo após o anúncio da morte do líder.
No Japão, o primeiro-ministro Yoshihiko teve uma reunião especial de segurança com seu gabinete e disse a seus ministros que se preparassem para qualquer circunstância inesperada, incluindo uma queda acentuada das bolsas ou “questões fronteiriças”. Ao mesmo tempo, o governo japonês expressou condolências pela morte do líder norte-coreano.
"O governo expressa suas condolências após o anúncio repentino da morte inesperada do presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte, Kim Jong-il. O governo japonês espera que isso não tenha consequências negativas para a paz e a estabilidade na península coreana", disse o comunicado.
Na Austrália, o ministro do Exterior, Kevin Rudd, pediu “calma” aos governos da região para manter a situação controlada perante a "ambiguidade e incerteza" provocadas pela morte do líder norte-coreano.
O governo chinês, país da região que tem as melhores relações com o regime norte-coreano, expressou condolências e disse que continuará buscando com a Coreia do Norte “a establidade regional”.
O funeral
Kim Jong-il era o filho mais velho de Kim Il-Sung, o fundador da Coreia do Norte comunista e idolatrado no país, numa linha de cunho stalinista. Segundo a propaganda oficial, quando Kim Jong-il nasceu, em 1942, surgiram no céu uma estrela e um arco-íris duplo. Desde então, o monte Paekdu, onde teria nascido, é um lugar sagrado. Na Coreia do Sul e no ocidente, no entanto, a versão é diferente: o líder que morreu sábado teria nascido num campo de treinamento guerrilheiro russo, a partir de onde seu pai empreendeu a guerra de resistência contra o Japão, até 1945.
Após obter um diploma universitário, em 1964, Kim Jong-il fez carreira dentro do Partido dos Trabalhadores. Já em 1980 foi designado por seu pai o sucessor no comando do país. Porém, só em 1994, após a morte do pai, assumiu o controle do Partido dos Trabalhadores e o comando de fato das Forças Armadas.
A agência oficial KCNAO informou que o funeral do líder será em 28 de dezembro, em Pyongyang, com o país comunista de luto até 29 de dezembro. O líder deverá ser enterrado no Palácio Memorial de Kumsusan, onde também fica o mausoléu de seu pai.
*comtextolivre

Mídia vassala do império rufa os tambores de alegria e mancheteia morte de Kim –Jong – Il


           Coreanos choram a morte de Kim-Jong-Il
Praticamente, a mesma manchete em toda a mídia.
Afinal, sabe-se que mais de 90 por cento dos freqüentadores da mídia não têm o mínimo interesse pela Coréia do Norte.
Por que então tamanha importância?
Comercial?
Não é.
Ideológica?
Não é.
Educacional, turística  e outras mais?
Também não.
Por que tanto regozijo midiático?
Simples.
A Coréia do Norte é uma potencia Nuclear.
Os Estados Unidos já tentaram por diversas vezes invadir o país.
As ameaças de invasão pela turma que se locupleta com o sangue dos seus e dos outros, foram inúmeras, mas recuavam sempre na Hora H.
A Coréia do Norte estava sempre com o dedo no botão nuclear.
Pronto para disparar.
Coréia do Norte não possui a riqueza de um Iraque, de uma Líbia.
De uma geografia como o do Afeganistão e da ameaçada Síria.
Mas ao contrario dessas nações, possui o que de mais precioso hoje para revidar a qualquer tentativa de invasão e ocupação.
Possui a Bomba Atômica que qualquer nação que se preze, que se autodenomine de nação, precisa ter.
Se até uma tribo como Israel possui, por que o Brasil não pode ter?
Pense nisso, se você acredita que o seu país é uma nação.
*gilsonsampaio

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