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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 28, 2012

Demissão de Samuel Pinheiro Guimarães é começo do fim de feira

GilsonSampaio
Uma das mais sentidas decepções com o governo Dilma foi a não nomeação de Samuel Pinheiro Guimarães para o Ministério das Relações Exteriores, em seu lugar o mauricinho Antony Patriota esposo de uma estadunidense e com estampa, cara, vassalagem e atitudes de tucano envernizado.
Samuel Pinheiro Guimarães é um BRASILEIRO digno, caminha com os dois pés calçados e de cabeça erguida.
Como cidadão brasileiro exijo saber as reais motivações do diplomata para seu pedido de demissão.
A golpe no  Paraguai abriu uma situação periclitante para a América do Sul: sendo ou não expulso do Mercosul, a direita vassala do país vizinho cedera? para o império terrorista ávido de instalar uma base terrorista na tríplice fronteira. Já existe um ‘pacto do Pacífico’ entre o império terrorista, a Colômbia, o  Peru e  o Chile.
A soberania da região está vinculada de forma diretamente proporcional à reversão do golpe no Paraguai.
Crise no Paraguai provoca demissão de diplomata brasileiro durante cúpula do Mercosul
Samuel Pinheiro Guimarães alegou falta de apoio aos projetos apresentados por ele
FGV/Divulgação
O Itamaraty confirmou a renúncia do Alto Representante-Geral do Mercosul , o embaixador brasileiro Samuel Pinheiro Guimarães, na tarde desta quinta-feira (28/06), durante a Cúpula do bloco em Mendoza, Argentina.
Segundo a agência de notícias Reuters, fontes ligadas ao Itamaraty informaram que Pinheiro Guimarães renunciou por discordar de decisões tomadas pelo bloco em relação à decisão do Congresso paraguaio em destituir Fernando Lugo da Presidência do país, ocorrida na última sexta-feira (22/06). Ainda segundo a Reuters, Guimarães alegou falta de apoio aos projetos apresentados por ele.
O secretário Fabiano Bastos Moraes, coordenador de imprensa do Itamaraty, afirmou que não há informações sobre quais seriam os pontos de divergência que motivaram a saída de Pinheiro Guimarães, que assumiu o cargo em janeiro de 2011. O mandato era de três anos e poderia ser renovado.
A Cúpula se reúne especialmente para tratar o futuro do Paraguai no bloco, após a destituição do presidente eleito Fernando Lugo, há uma semana. Pela primeira vez desde sua criação, um país do Mercosul foi excluído de uma reunião, o que gerou protestos da chancelaria paraguaia.
Pinheiro Guimarães foi o secretário-geral do Itamaraty e ministro de Assuntos Estratégicos da Presidência da República durante o governo Lula (2003-2008). Sua principal função como alto representante é formular propostas e representações das posições comuns do bloco.
Na sexta-feira, a expectativa é que seja votado o pedido de exclusão do Paraguai do bloco comercial. À tarde, o mesmo deve ocorrer com os chefes de Estado da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).

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