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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 27, 2012

Quando vc junta as peças do quebra cabeças o mundo aparece realmente




"E quando vc junta as peças do quebra-cabeça o mundo parece muito, muito diferente, quando você conecta os pontos. Porque o que o sistema quer fazer, por trás da sociedade, é fazer com que as pessoas foquem em pontos, pontos individuais como religião, família, trabalho, time de footebol ou o que for. Não há nada errado em se manter o foco enquanto você mantém também uma visão periférica e global da coisa toda, e você pode perceber que sua concentração se conecta a tudo o mais, mas não é o que o sistema quer. Ele quer a concentração em um ponto isolado para que vc não tenha uma visão ampla das coisas. Assim, nós tentamos passar pela confusão que chamamos vida. O sistema de controle coloca infinitos caminhos para nos distrair e confundir, para nos mantes afastados do entendimento que nos libertaria.

A idéia é manter a humanidade constantemente confusa, então nós não sabemos onde estamos, quem somos nós, nem mesmo o que é a realidade. Mas quando você conecta os pontos, e muitos deles não têm, aparentemente, nenhuma conecção com os outros, a luz se acende e de repente a imagem se forma.

Porque isso vai fazer o mundo em que vivemos extraordinariamente diferente daquele que nos mostraram desde o nascimento. O elefante na sala de estar aparece quando você conecta os pontos, e é tão evidente que chega a ser ridículo.

Mas se você não conecta os pontos não há elefante, pois você não consegue vê-lo. Esse elefante na sala de estar significa: existe uma conspiração multinível para escravizar a humanidade em algo parecido com um campo de concentração global. O truque é garantir que os escravos não percebam que são escravos para que nada façam contra sua escravidão."

David Icke

DAVID ICKE - CONECTANDO OS PONTOS, RECUPERANDO A VISÃO DO TODO, INTEGRANDO A SI MESMO

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