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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, junho 28, 2012

FOI BIZARRO O 'PIRIPAQUE' DO TEATRAL SENADOR MARIO COUTO DO DO PSDB-PA

O exaltado senador Mario Couto PSDB-PA, que paralisou a CPI na base do 'berro'.
Por Eduardo Bueres


O carnavalesco e muito triste 'faniquito' que deu ontem o senador  Mário Couto (PSDB-PA) quando da inquirição de um jornalista, foi um ato bizarro de agressividade inútil que cabe perguntar: o que estaria além da sua mera postura teatral que marcou essas labaredas  em plenário?.
O jornalista na cadeira de réu, Luiz Carlos Bordoni, que fez acusações contra o governador Marconi Pirillo do PSDB, teria recebido dinheiro pago pela máfia que controla o jogo do bicho - e, aparentemente, o próprio Estado de Goiais - quando virou alvo  da ira do psdbista Mário Couto que, numa explosão salivar, na base do 'berro', tentou silenciar e acuar o depoente; 
Bordoni: 'Recebi dinheiro sujo pagos por um trabalho limpo'
Gesticulando muito, se expressava o parlamentar tucano diante das câmeras, numa espécie de transe  e até terror, aparentemente ligados com os possíveis desdobramentos das múltiplas investigações que neste momento são apresentadas e desnudadas pelos parlamentares da CPI do Cachoeira, fruto de trabalho da Polícia Federal. 
No Pará, Couto pertence ao mesmo partido do governador Simão Jatene, o PSDB.
O que todos perguntam é: por que ele foi tão agressivo?. Quais as razões que teriam levado o ilibado senador paraense a manifestar um tão descontrolado chilique, até lágrimas, exibidos pela TV em rede nacional?; 
desespero que chamou a atenção não somente de seus pares demo-tucanos e do PPS, como também de outros parlamentares, pertencentes aos  partidos aliados que, passaram a olhar com outros o olhos o seu expressivo e desmedido 'zelo' com a defesa e preservação das boas virtudes alheias.
A tropa do chilique em ação
O destempero do senador paraense, que ficou a beira de ataque cardíaco quando calou a CPI que investiga o tera-mafioso Cachoeira no momento em que os investigadores tentavam desvendar o envolvimento dos contraventores do jogo do bicho com as campanhas eleitorais, apontam para crimes que teriam beneficiado alguns parlamentares eleitos no Brasil; por isso mesmo  é  que precisam ser melhor explicados para a população; espaço na imprensa é o que não falta ao senador tucano fazer esse benefício.
Demóstenes demonstra a força do crime organizado, que começa a ser enfrentada no senado brasileiro

Por enquanto, essa questão envolvendo corruptores é  um grande mistério que, depois da queda de Demóstenes Torres, promete ser devidamente e paulatinamente desvendada por se tratar de uma violência moral e ética inaceitável contra o povo; já que atenta contra a democracia, por colocar em desvantagens os outros candidatos que tetam se eleger de forma limpa, na formada lei.

Eduardo Bueres/militanciaviva

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