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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 29, 2012

Obrigada, Franco: Venezuela será incorporada ao Mercosul, diz Cristina Kirchner




CARACAS - A Venezuela será incorporada ao Mercosul no dia 31 de julho, anunciou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante a conferência do bloco, informou o enviado especial do estadão.com.br a Mendoza, Ariel Palacios. A cerimônia será no Rio de Janeiro. Kirchner também disse que o Paraguai fica suspenso temporariamente até que o país tenha eleições "livres e democráticas".
Nicolás Maduro recebe documentos em reunião - Leo la Valle/Efe
Leo la Valle/Efe
Nicolás Maduro recebe documentos em reunião
O líder da Venezuela, Hugo Chávez, ausente das cúpulas do Mercosul e da Unasul, lamentou em sua conta do Twitter a ausência do Paraguai nos encontros desses blocos. A publicação diz "começa a Cúpula do Mercosul! Lamentamos a ausência do Paraguai por não ter um governo legítimo!".
Participação
Chávez, convalescente de um câncer que lhe foi diagnosticado há pouco mais de um ano, assinalou na terça-feira que estava avaliando participar das cúpulas do Mercosul e da Unasul por seu "peso estratégico", embora tenha dito que não podia confirmar sua presença ao lembrar que no domingo começa a campanha presidencial na Venezuela.
O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, foi o encarregado de representar o país como membro associado na reunião semestral do Mercosul.
Chávez anunciou recentemente a retirada de seu embaixador do Paraguai, assim como a cessação a partir desse momento da provisão de petróleo para esse país em rejeição à destituição de Lugo, após um "julgamento político" que Caracas qualificou de golpe de Estado.
Com Efe
*Mariadapenhaneles 

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