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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 25, 2012

CPI obtém todas as
gravações. Civita, tremei !


 

Quem sabe não há outras conversas do Demóstenes com o Carlinhos, como aquela “o Gilmar mandou subir”?

Íntegra de gravações da PF está liberada à CPMI de Cachoeira


A partir desta sexta-feira, a íntegra das gravações das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, estará à disposição de integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a ligação do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. O material estava com a Justiça Federal em Goiânia e foi trazido até a secretaria da comissão na noite de quinta-feira pelo próprio relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG).


Como se trata de documentação protegida por regras de preservação de sigilo, o material lacrado foi depositado no cofre da secretaria da CPMI. As mídias serão abertas ainda nesta sexta e inseridas no banco de dados referente às operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. A partir daí, poderão ser consultadas por deputados e senadores que integram a comissão e seus assessores credenciados.


Segundo informações do presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), procedimentos adotados por ele e por Odair Cunha possibilitaram a liberação do material em 48 horas. O senador explicou que, até então, a CPMI só tinha acesso a gravações editadas, contendo as partes de interesse da operação policial. Com o recebimento do novo material, os parlamentares poderão consultar outros trechos que podem ser úteis ao trabalho da comissão.

Navalha
Como se sabe, a PF do Zé Cardozo dificultou (propositadamente ?) o acesso às informações obtidas na Operação Monte Carlo.
Agora, a CPI e todos os seus membros obtém as informações originais.
Mete a mão naquele precioso material que estava na casa do Carlinhos Cachoeira (do Carlinhos ou do Perillo ?).
Vamos ver os detalhes de como o Demóstenes e o Carlinhos montaram a operação que deu origem ao mensalão (petista, porque o mensalão tucano se segue com a mesma rapidez).
E que permitiu à TV Record “melar o mensalão”.
Vamos ver se dessa vez, com a íntegra das gravações, a “bancada da Globo” consegue impedir o depoimento do Robert(o) Civita e seu diretor em Brasília.
O Requião vai pode repetir da tribuna do Senado: a Veja é agente do Diabo.
Quem sabe não há outras conversas do Demóstenes com o Carlinhos, como aquela “o Gilmar mandou subir”?
O logging dos vôos – será que o Carlinhos “importava” jatinhos daquele jeito que o Zé Cardozo demorou a descobrir ?
E as pegadas da Globo, que o Leandro achou na Carta Capital: haverá outras no crime organizado ?
Teremos o Cerra e o Paulo Preto com o Cavendish na marginal (sic) de São Paulo ?
E o Gurgel, os procuradores, a mulher do Juiz ?
Tem mais prevaricação acoitada, como disse o Collor ?
Como se vê, a CPI já foi longe.
Agora, vai mais ainda.
Ela dura até novembro.
E pode explodir em cima da eleição, não é isso, Paulo Preto ?




Paulo Henrique Amorim

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