O
Brasil quer adaptar 100% da frota de ônibus e táxis do país para
pessoas com deficiência. E o prazo é 2014, quando várias cidades vão
sediar a Copa do Mundo de Futebol. A informação é do secretário nacional
de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José
Ferreira. Ele está, em Nova York, participando da 5ª. Conferência dos
Estados-Parte da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência.
Antonio José Ferreira explicou como o
governo pretende alcançar a meta de acessibilidade. “Com garantia para
que as pessoas com deficiência possam ir e voltar dos estádios para sua
residência com transportes. Sabemos que é um grande desafio,
principalmente com as características de nosso país. Principalmente nos
transportes. Temos que estar muito preocupados. Nos estádios, a gente
consegue garantir a acessibilidade. Mas o problema é tornar todos a
frota de ônibus acessíveis e os táxis acessíveis às pessoas com
deficiência”.
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Para
Antonio José Ferreira, tornar os transportes acessíveis para a Copa do
Mundo e as Olimpíadas é também uma questão de vontade política. “Nós já
temos inclusive exemplos de cidades no Brasil que já contam com todos os
ônibus acessíveis. Poderia destacar Uberlândia, Goiânia, Joinville,
Campinas também tem avançado muito. Então são exemplos de cidades que já
têm 95%, 98%, 100% da frota acessível. Então é uma prova de que quando o
prefeito quer, quando se tem vontade política é possível conquistar
isso aí”.
O
secretário informou que aumentar a acessibilidade é o objetivo do
programa Viver Sem Limite, lançado pela presidente Dilma Rousseff, em
novembro passado.
Segundo Antonio José Ferreira está sendo
inserida na pauta do governo, um plano de exoneração fiscal para que os
empresários se sintam estimulados “a cada dia mais colocar ônibus
acessível nas ruas do Brasil”.
Antônio José Ferreira disse ainda
que até 2014, muitas questões já devem ter sido resolvidas. O governo
também está trabalhando com as montadoras para incluir as funções de
acessibilidade nos veículos.
Segundo as Nações Unidas, mais de 10% da população mundial vive com algum tipo de deficiências.
De acordo com o Governo Brasileiro, 45 milhões de pessoas no país tem deficiência.
*Deficienteciente
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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