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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 03, 2012

PAU QUE DEU EM CHICO - JURISPRUDÊNCIA CONDENARÁ OS ENVOLVIDOS NA PRIVATARIA TUCANA? TAMBÉM DARÁ EM FRANCISCO?


Quando o STF julgará a privataria?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada: 


Até agora, a única relação da Privataria Tucana com a Justiça é o processo que movem o Padim Pade Cerra, Daniel Dantas e o PSDB contra o autor da denúncia, o jornalista Amaury Ribeiro Jr, cuja qualidade o Merval já exaltou. 


Quando o Procurador Roberto Tênue Gurgel vai ler pelo menos um dos exemplares da Privataria que o Edu, gentilmente, lhe enviou ? 


O PiG (*) saúda entusiasmado que o STF vai botar os (pobres, pretos, p… e) petistas na cadeia: 


STF DEFINE TRATAMENTO MAIS RIGOROSO CONTRA A CORRUPÇÃO 


Segundo a Folha, “provas” obtidas em CPI – como por exemplo, provavelmente, a acusação do Thomas Jefferson ao José Dirceu, na CPI dos Correios – passam a valer para condenar (pobres, pretos, p… e) petistas. 


Da mesma forma, a profilaxia do Supremo passou a dispensar o “ato de ofício”. 


O batom na cueca. 


Basta “o conjunto da obra”. 


Mesmo que aí se localizem apenas provas “tênues”, como recomenda o Roberto Tênue Gurgel. 


Se for em nome da extinção da corrupção no sistema eleitoral brasileiro, que ótimo! 


Alvíssaras! 


Agóóóra a coisa vai !, dizia meu chefe Tarso de Castro, na Interpress. 


Vamos ver como se comportarão o PiG (*) e o Supremo na Privataria, no mensalão tucano, na Lista de Furnas. 


Vamos ver se sobrevive a nova jurisprudência anti-corrupção quando se sentarem (se, se sentarem) no banco dos reus brancos de olhos azuis. 


Chega de corrupção! 


Ninguém aguenta mais! 


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista. 


Postado por Miro 
*cutucandodeleve

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