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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Ator Sean Penn participa de vigília pela saúde de Hugo Chávez


Ator Sean Penn participa de vigília pela saúde de Chávez em La Paz

do Terra

O ator americano Sean Penn participou nesta segunda-feira de uma vigília em La Paz pela saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que se encontra em Cuba para ser submetido a outra operação contra o câncer de que padece.

Penn, que chegou à Bolívia pela terceira vez este ano e sem prévio aviso, se uniu à embaixadora venezuelana no país, Crisbeylee González, em um ato realizado nessa legação diplomática pela saúde do líder.

"Obrigado a Sean por nos acompanhar, por querer estar aqui. Sabemos que o presidente Chávez é seu grande amigo e não duvidou nem um minuto em nos acompanhar neste ato", agradeceu a diplomata.
Penn vestiu uma jaqueta com as cores da bandeira venezuelana, enquanto dezenas de seguidores de Chávez, levando velas e bandeiras de ambos os países, expressaram seu apoio ao governante.

Desta vez, Penn aproveitou sua estadia na Bolívia para visitar na prisão o seu compatriota Jacob Ostreicher, detido há 18 meses por suposta lavagem de dinheiro em um caso relacionado com o narcotráfico.




Fonte:http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6369592-EI8140,00-Ator+Sean+Penn+participa+de+vigilia+pela+saude+de+Chavez+em+La+Paz.html

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