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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Dilma: entrega de 1 milhão
de casas é histórica

“Sem o Minha Casa Minha Vida, eu tenho certeza, muitas dessas famílias ainda estariam morando de aluguel, morando em lugares muito precários ou até morando de favor na casa de parentes”



Entrega de 1 milhão de casas é momento histórico para o país, afirma Dilma


No programa Café com a Presidenta desta segunda-feira (10), Dilma Rousseff falou da entrega de 1 milhão de casas pelo Minha Casa Minha Vida, classificada por ela como um “momento histórico para o país e uma mudança na vida das pessoas, brasileiros e brasileiras, que recebem sua moradia própria”. Dilma ainda lembrou que mais da metade dessas unidades habitacionais foram entregues para famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.

“Sem o Minha Casa Minha Vida, eu tenho certeza, muitas dessas famílias ainda estariam morando de aluguel, morando em lugares muito precários ou até morando de favor na casa de parentes. Esse programa, está transformando a vida das pessoas, porque é na nossa casa que nós criamos os filhos, nós recebemos os amigos, nós desenvolvemos os laços afetivos, nós nos sentimos seguros e protegidos. Enfim, construímos aquilo que se chama lar”, afirmou.

A presidenta também destacou a meta de contratar, até 2014, 3,4 milhões de casas, faltando, agora, 1,4 milhão de casas. Segundo explicou Dilma, o Minha Casa Minha Vida atende as famílias que ganham até R$ 5 mil por mês, com regras diferentes para cada faixa de renda. Para quem ganha até R$ 1,6 mil, por exemplo, o governo paga 90% do valor da casa e a prestação não ultrapassa 5% da renda da família, ou R$ 25, no mínimo.

“Você se lembra que muita gente duvidava do programa quando lançamos lá em 2009, ainda no governo do presidente Lula, o Minha Casa Minha Vida. Pois é. Mas nós conseguimos contratar, construir e entregar as casas. Além de realizar o sonho da casa própria para milhões de famílias, os investimentos que fazemos na construção das moradias movimentam a economia e geram emprego e renda para milhões de brasileiros”, completou.
*PHA

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