FELIPÃO COMANDARÁ O TITANIC BRASILEIRO EM 2014
Via Jogaretti (*)
O Estado de S. Paulo
informa que Luiz Felipe Scolari será anunciado nesta 5ª feira (29) como
novo técnico da Seleção Brasileira pela dupla de filhotes da ditadura
José Maria Marin/Marco Polo Del Nero, cuja condição de antigos
colaboradores do regime militar já foi exaustivamente provada pelo Juca
Kfouri.
É a PIOR escolha
possível. Assim como Dunga, trata-se de um antigo cabeça-de-bagre dos
gramados, que jamais esqueceu como era humilhado pelos craques. Depois,
como técnico, passou o resto da vida priorizando a transpiração e
detestando os que têm inspiração.
No seu caso, o
ressentimento dos limitados contra os naturalmente talentosos atinge o
paroxismo. Sempre preparou as equipes para a guerra, não para
competições esportivas. Daí suas conquista serem quase todas em
torneios de curta duração, nos quais o entusiasmo às vezes prevalecia.
Antes
de se tornar totalmente superado, como está agora, ele vencia
mata-matas --e não medíocres como a Copa do Brasil 2012, seu canto do
cisne.
Só que, após a conquista do Mundial de 2002, até como técnico motivador ele tem fracassado melancolicamente.
Jogadores do Palmeiras sabotaram Felipão por ter colocado as torcidas organizadas contra eles
Foi
o maior responsável pelo rebaixamento do Palmeiras, tendo perdido
totalmente a autoridade moral sobre o elenco quando os jogadores ficaram
sabendo que, por meio de um capacho, ele vazara às torcidas organizadas
o nome de jogadores baladeiros, para que os brucutus os fossem
hostilizar. Como os boleiros detestam traíras, o Palmeiras, a partir
daí, entrou inexoravelmente no rumo da 2ª divisão.
E,
perante quaisquer esportistas de verdade, Felipão se desqualificou
definitivamente ao admitir que o Palmeiras entregasse jogos para
prejudicar o Corinthians no Brasileirão 2010. Chegou ao cúmulo de
liberar todos os titulares para férias antes da última partida.
O
pior de tudo é que sua indicação é uma aposta dos saudosos do
autoritarismo na fabricação de um clima patrioteiro, idêntico ao que
havia no Brasil em 1970 e na Argentina em 1978.
Não
funcionará, é claro, com o Brasil tendendo a ser detonado pela
Argentina do grande Messi ou pela excelência do jogo coletivo da Espanha
e Alemanha. Para superar nossa evidente inferioridade diante de tais
adversários, precisamos de técnicos estrategistas, não trogloditas.
Se seguirmos adiante com Marin, Del Nero e Felipão, o maracanazzo
de 1950 não vai se repetir... porque nem sequer chegaremos à
finalíssima. O mais provável é não passarmos nem das quartas-de-final,
com o mestre Felipão se igualando a seu discípulo Dunga.
* jornalista, escritor e ex-preso político
Celso Lun. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com
*GilsonSampaio
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