“O depoimento de FHC é fundamental, já que ele tem expertise na área e deve explicar como se deu o envolvimento dele e de seus auxiliares com o esquema”, disse o líder. A justificativa envolve o esclarecimento de "informações contraditórias sobre documento relativo a doações a agentes políticos que teriam sido levadas a efeito por Furnas”.
Na mesma sessão da comissão foi aprovado convite para que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, também preste depoimento. O requerimento a respeito de Gurgel é de autoria do presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTB-AL). O objetivo é obter de Gurgel explicações sobre como se dá a relação entre o MPF e os órgãos de inteligência do Estado.
O líder Jilmar Tatto também defendeu hoje a instalação imediata da CPI da Privataria, cujas assinaturas já foram coletadas pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). O líder vai tratar deste tema hoje, com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), de quem depende a decisão de instalar a CPI.
O pedido de abertura da CPI baseia-se no livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr. A obra, resultado de 12 anos de investigação sobre o processo de privatizações das empresas estatais no Brasil, destaca documentos que apresentam indícios e evidências de irregularidades nas privatizações que ocorreram durante a administração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, além de amigos e parentes de seu companheiro de partido, José Serra.
Os documentos procuram demonstrar que estes políticos e pessoas ligadas a eles realizaram, entre 1993 e 2003,movimentos de milhões de dólares, lavagem de dinheiro através de offshores - empresas de fachada que operam em Paraísos Fiscais - no Caribe.
Equipe PT na Câmara
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