Bolsonaro faz nova ofensa a Maria do Rosário: “Não merece ser estuprada porque é muito feia”
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Em entrevista, Jair Bolsonaro chamou a ex-ministra de Direitos Humanos de “desequilibrada” e afirmou: “Eu sou a vítima, ela é a agressora”
Por Redação
Em entrevista ao jornal Zero Hora publicada ontem (10), o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) comentou as polêmicas declarações feitas contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Na última terça-feira, após discurso da ex-ministra dos Direitos Humanos no plenário, Bolsonaro lembrou uma antiga discussão entre os dois e repetiu a frase dita há alguns anos: “Eu falei que não ia estuprar você porque você não merece”, disse, gerando indignação e revolta nos quatro cantos do país.
Questionado pelo jornal gaúcho sobre o motivo daquela afirmação, o deputado foi além: “Ela não merece porque é muito ruim, porque ela é muito feia. Não faz meu gênero”. Aparentemente tranquilo com a postura tomada no Congresso, complementou: “Eu sou a vítima. Ela é a agressora”. Na entrevista, ele ainda chamou a deputada de “desequilibrada”, disse que não é “politicamente correto” e garantiu não ter medo de processos. Bolsonaro tentou justificar que os insultos foram ditos de forma irônica, por causa de provocações de Maria do Rosário.
Outro assunto abordado foram os direitos femininos. Na ocasião, ele questionou o excesso de direitos trabalhistas e explicou o porquê de, no Brasil, as mulheres ganharem salários mais baixos do que os dos homens. “Poxa, essa mulher tá com aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses de licença-maternidade…” Bonito pra c…, pra c…! Quem que vai pagar a conta? O empregador. (…) Quando ela voltar, vai ter mais um mês de férias, ou seja, ela trabalhou cinco meses em um ano”, destacou.
Segundo Bolsonaro, a diferença salarial seria algo natural, já que os patrões buscam minimizar os prejuízos na contratação de funcionários. “Por isso que o cara paga menos para a mulher! É muito fácil eu, que sou empregado, falar que é injusto, que tem que pagar salário igual. Só que o cara que está produzindo, com todos os encargos trabalhistas, perde produtividade (…) Se a Dona Maria não quiser ganhar isso, que procure outro emprego! O patrão sou eu”, concluiu.
Foto de capa: Agência Câmara
*com seus polpudos salários se preocupa com o patronato
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