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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 14, 2014

MULHERES EMPODEREM-SE, PUBLICITÁRIOS TENHAM VERGONHA NA CARA!

Documentário mostra como a mídia enxerga a mulher brasileira 
Alta, magra, cabelos lisos e loiros, heterossexual e jovem: este é o padrão de mulher que a mídia brasileira apresenta hoje. Se levarmos em conta que apenas 47% das brasileiras se consideram brancas, esse padrão já se mostra errado. Mas o que há por trás disso? No documentário ”Mulheres brasileiras: do ícone midiático à realidade” são expostas as relações que esse padrão veiculado tem com a própria mídia e com as mulheres “reais”.

Criado pelas organizações Paz com Dignidad e Revista Pueblos, o vídeo traz entrevistas com ativistas e pesquisadoras, que indicam que o que permitiu a criação desse padrão foi o fato de toda a comunicação de massa brasileira estar nas mãos de algumas poucas famílias. Com isso, surge a necessidade de competição por audiência e a figura da mulher é usada como mera ferramenta para causar reações e garantir espectadores. O mesmo acontece com a figura feminina na publicidade, mesmo quando o produto é direcionado a elas.

Com esse padrão sendo empurrado garganta abaixo nos principais veículos de comunicação, a mulher “real” é oprimida, enfrentando situações em que precisa repudiar aquilo que lhe é natural para se encaixar no que a mídia define como aceitável – como no caso dos pelos do corpo, algo natural que é encarado como errado e que não é mostrado nem mesmo nos comerciais de cremes depilatórios.

O documentário aborda brevemente as raízes dos padrões criados pela mídia, dá exemplos claros de como são usados e debate sobre como isso é ruim para as mulheres, ainda que muitas vejam o padrão como inofensivo. A solução para isso, segundo as entrevistadas, pode começar pela democratização dos veículos de comunicação e pela ampliação do debate sobre o tema.

O vídeo, na íntegra, você confere abaixo. E deixa a pergunta – “até quando seguiremos dominadas pelo controle remoto?”..


A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia
A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia

A mulher brasileira na mídia
  
hypeness 

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