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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 28, 2014

Rússia realiza lançamento de teste de míssil balístico de sistema Yars

Rússia, Yars, lançamento

As Forças de Mísseis Estratégicos da Rússia lançaram esta sexta-feira, a partir do cosmódromo militar de Plesetsk, um míssil balístico intercontinental do sistema RS-24 Yars.

Os simulacros das ogivas do míssil atingiram, com a precisão pré-estabelecida, o alvo no polígono de ensaios de Kura, na península de Kamchatka, disse à Tass o coronel Igor Egorov, porta-voz oficial do serviço de imprensa e informação das Forças de Mísseis Estratégicos do Ministério da Defesa da Rússia.
De acordo com Egorov, o lançamento desta sexta-feira, além de alcançar outras metas principais, confirmou tanto a fiabilidade técnica dos mísseis Yars, produzidos em 2013 e 2014, como as prestações de combate e operacionais do sistema RS-24 em geral.
As Forças de Mísseis Estratégicos estão em processo de reequipamento ativo, adotando os sistemas Yars com mísseis balísticos intercontinentais RS-24, que irão constituir a base de um agrupamento terrestre de mísseis a combustível sólido das forças nucleares estratégicas da Rússia

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