Publicado em 01/06/2015 | por Mary
0Saiba como foi a Marcha da Maconha Florianópolis 2015
Em sua oitava edição, a Marcha da Maconha Florianópolis 2015 foi a mais vazia – porém, não menos animada – que já se viu na capital catarinense. Triste dizer isso, considerando-se a população total de mais de 400 mil pessoas, dentre elas milhares de maconheiros facilmente encontrados durante qualquer rolê pelas ruas e praias da cidade.
Mas, dessa vez, mesmo sem chuva e com um lindo entardecer de outono, pouco mais de 300 cabeças compareceram ao evento, que aconteceu na Avenida Beiramar Norte.
Antes da marcha iniciar seu percurso, Lucas Lichy, presidente do Instituto da Cannabis e organizador do evento, mencionou a importância de se posicionar contra a guerra às drogas – sejam usuários ou não.
Galera reunida no trapiche da Avenida Beiramar Norte, ponto de partida para a Marcha da Maconha Florianópolis desde 2008, quando ocorreu a primeira edição do evento na cidade.
Durante a concentração rolou também a manufatura do tradicional “baseadão”.
Apesar da boa intenção e do empenho da galera, não vamos negar: o “baseadão” estava mais pra “pastelzão”.
Apesar do belo e agradável fim de tarde de outono, a Marcha da Maconha Florianópolis 2015 reuniu menos pessoas do que as duas edições anteriores, quando choveu. Será que a Ilha da Magia está ficando careta? Ou os maconheiros locais são muito preguiçosos e/ou enrustidos?
Ainda resta esperança! Enquanto muito adulto covarde prefere se enrustir – e ainda ostenta um certo “orgulho” em dizer que não participa desse tipo de manifestação, mas também não faz nada para ajudar além de fumar prensado escondido – a nova & linda geração fez questão de marcar presença! Parabéns aos pais bem-resolvidos que desde cedo educam seus filhos contra a hipocrisia.
Praticamente sem polícia na área – exceto por dois simpáticos agentes da Polícia Militar que não criaram nenhum problema – os manifestantes seguiram animados & enfumaçados pelo calçadão da Avenida Beiramar Norte.
Na metade do caminho, manifestantes deitaram-se no chão e fizeram 1 minuto de silêncio em honra aos mortos na guerra às drogas.
Um dos momentos mais lindos da Marcha da Maconha de Floripa foi o acender do “baseadão” – ou “pastelzão”. Provando que a união faz a força, vários maconheiros cederam seus isqueiros para ajudar a carburar o beque gigante em frente ao Hotel Majestic, um dos ícones da burguesia local.
Enquanto a marcha passava, infelizmente alguns maconheiros se contentaram em apenas observar ao invés de se juntarem à massa.
Ao final, foi impossível evitar o sentimento de frustração expressado por um dos gritos de guerra entoado pelos presentes: “Ah, mas que vergonha/Nem cem pessoas/ Na Marcha da Maconha”. Sim, desta vez os maconheiros de Floripa deixaram a desejar – exceto, é claro, pelo lindo público presente, que hempresentou com faixas, cartazes e muitos baseados acendidos a cada instante.
Mas a omissão dos covardes e preguiçosos não invalida – e muito menos desanima – a militância canábica catarinense. “O que importa não é apenas a quantidade, mas a qualidade do público presente”, lembrou Lucas Lichy ao final do evento, quando rolou uma roda gigante com muitos baseados vindo de todos os lados.
Lichy aproveitou a ocasião para convidar a todos para a próxima manifestação canábica em Floripa, que deve acontecer em 27/11, no Dia pela Legalização da Maconha no Brasil.
*Fotos: Marcelo Groo (Instituto da Cannabis)
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