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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 27, 2015

Aparecimento do 'unicórnio' da Eslovênia intriga biólogos locais

ReproduçãoReprodução

A Eslovênia pode ser palco do aparecimento do animais mais próximo de um unicórnio que já se teve notícia. Por lá que surgiu um crânio de um veado com chifre só, que lembra muito a criatura conhecida apenas na mitologia.

Esse tipo de deformação encontrada no “unicórnio esloveno” é até comum em muitos cervos, embora a motivação dela varie caso a caso, o que faz com que um chifre único perfeito e raro seja muito raro.

Por conta da raridade, o biólogo local Boštjan Pokorny se interessou extremamente pelo crânio em questão. Segundo ele, o fato que o faz raro não é o chifre único, mas sim a motivação: segundo ele, uma pequena anomalia fez com que os dois chifres do animal se fundissem em um.

E a mudança deste animal, provavelmente, foi também a causa de sua morte. Segundo Pokorny os veados precisam de seus chifres para lutar entre si e conquistar fêmeas. Com uma estrutura óssea deficiente, ele deve ter sido derrotado facilmente, fato que o impediu de se reproduzir.
*yahoo

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