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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 08, 2015

Enquanto nossa mídia permanece obcecada pela pauta do fim do mundo, o Brasil avança. Senado aprova Banco dos Brics

marcha-da-familia-com-deus-2014

Sorry, coxinhas: Senado aprova Banco dos Brics

Enquanto nossa mídia permanece obcecada pela pauta do fim do mundo, o Brasil avança.
Congresso conservador, juiz justiceiro da Globo, milhões de psicóticos marchando nas ruas pedindo “militar intervention”.
A caravana avança enquanto a matilha faz barulho.
A China já anunciou que vai aplicar R$ 200 bilhões no Brasil, em infra-estrutura. Parte será para construir um trem ligando Brasil ao Peru, estabelecendo uma ligação bioceânica.
E agora a Comissão de Relações Exteriores do Senado acabou de aprovar a criação do banco dos Brics, que ajudará a trazer mais algumas dezenas (ou mesmo centenas) de bilhões de reais eminvestimento em infra-estrutura para o Brasil.
Sorry, vira-latas.
Sorry, coxinhas.
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Banco deve ampliar oferta de financiamento para infraestrutura no Brics
03/06/2015, 13h52 – ATUALIZADO EM 03/06/2015, 14h08
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quarta-feira (3) a criação do novo Banco de Desenvolvimento. Com sede em Xangai, China, o chamado “Banco do Brics” deve ampliar a oferta de financiamento para infraestrutura no bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Também foi aprovado o “Arranjo Contingente de Reservas do Brics” – ACR – mecanismo de socorro financeiro entre os países do grupo. Para o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), o Banco do Brics é uma inovação e reflexo dessa nova economia que vivemos. Reportagem: Nara Ferreira, da Rádio Senado.
Mais em informação na rádio do Senado.
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