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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 05, 2015

Religião é o pecado, a ignorância e a morte cerebral


O Retrato do desvario


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Por Ana Burke
Religiões pregam mentiras e mentiras são imorais; inocentes são enganados, extorquidos, roubados e isto é crime o que nos diz que a religião é perniciosa. Uma das principais leis “morais” religiosas é a hipocrisia, sinal que os valores religiosos estão invertidos. Dentro de templos ou igrejas são incutidas idéias como o inferno, o purgatório ao mesmo tempo em que vemos gente sendo adestrada com orações e cânticos, caindo no chão, gritando e gesticulando. Pessoas que agem desta forma não são sadias…pensem em alguém fazendo isto na rua…este alguém seria internado, chamado de louco, insano, perigoso para a sociedade.
É normal que os religiosos pratiquem a incitação ao ódio contra outros seres humanos que pertencem a grupos diferentes ou tem costumes e culturas diferentes. A inversão de valores faz de cada religioso um evangelizador, ou seja…”aceite aquilo que foi inculcado na minha mente como verdade” ou você será um pária social.
Religiões ensinam a não aceitar o outro, a desrespeitar a liberdade de ser e viver de cada um, a discriminar, ser preconceituoso e a se conformar em viver no sofrimento, a adorar o sofrimento, o feio e o ruim. E pessoas que adoram coisas ruins, são ruins, mesmo que não tenham consciência disso.
Religiões usam e abusam de repressões, chantagens, ameaças, servidão e é nisto que os fiéis são transformados…em servos…servos do medo. Aquele que convive e vê demônios, principalmente crianças, estará condenada a carregar estes demônios pela vida toda.
Religião é o pecado, a ignorância e a morte cerebral. Coisas como estas não existem para quem não é religioso. O CONTRÁRIO destas aberrações aprendidas nos templos e, igrejas, é a verdadeira vida, a verdadeira saúde, o verdadeiro respeito por si mesmo e pelos outros. Não evangelize ou faça “pregações”. Não queira trazer a todos para o mesmo buraco onde você vive.
Só aquele que enfrenta a vida como ela é, e consegue discernir entre aquilo que é ficção ou superstição, da realidade, consegue saber o que significa amar o outro. Se você é religioso você não ama pois, para você, todos aqueles que pensam diferente, ou se comportam de forma diferente, ou não crê naquilo que você crê…você os crucifica. Isto se chama ódio.
*A.Burke

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