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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 28, 2010

O Brasil aposta no entendimento que faz calar as armas, investe na esperança que supera o medo








“Aprendemos com nossa própria história que a tolerância e a igualdade de oportunidades são fundamentais para um ambiente de concórdia e de paz. Ela nos ensinou que a exclusão, o preconceito e a pobreza alimentam cenários de tensão e de conflito, fomentam situações de dominação e de injustiça, que impedem povos e nações de construírem um futuro digno e pacífico.
Não haverá encontro fraternal de civilizações enquanto não forem enfrentadas as raízes profundas dos conflitos, enquanto houver fome e desemprego, mas também enquanto persistir a intolerância étnica, religiosa, cultural e ideológica.
A promoção de uma cultura de paz deve ser um dos pilares centrais deste Fórum. Para tanto, precisamos renovar mentalidades. Para renová-las é necessário oferecer oportunidade de crescimento econômico com justiça social aos milhões de homens e mulheres que vivem nas margens da Humanidade, humilhados e ofendidos, sem esperança.
São absurdas as teses sobre uma suposta fratura de civilizações no mundo que conduziria, inexoravelmente, a conflitos. Essas teorias são criminosas quando utilizadas como pretexto para ações bélicas, ditas preventivas.
O Brasil aposta no entendimento que faz calar as armas, investe na esperança que supera o medo, faz da democracia política, econômica e social sua única e melhor arma.”

2 comentários:

  1. hola,como va gente?.. los felicito pro el blog, muy bueno y con unas imagenes que muchas veces dicen todo,.. vamos por una latinoamerica unida!..
    viva! la revolucion y el CHEbola.. saludos y salud por ahi....

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  2. É isso, companheiro nossa revolução, está acontecendo, o mundo não tem outra opção se quiser avançar. Te saúdo Roverto

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