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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 16, 2010

Combata o boato: Dilma nunca participou de qualquer ação armada


Dilma, na juventude, enfrentou corajosamente a ditadura militar (1964-1985). Combateu a censura, a tortura e os assassinatos políticos, em defesa da democracia e das liberdades de imprensa, de expressão, de reunião e de organização, entre outros direitos suprimidos pelo golpe militar de 1964.

Dilma nunca participou de qualquer ação armada. Presa e torturada, foi condenada a uma pena de dois anos e um mês de prisão, por subversão (revolta, insubordinação)– numa época em que simplesmente resistir à ditadura era considerado subversão – e não por terrorismo.

O presidente Lula também foi preso e processado, pelo que consideravam subversão.

PENSE: Dilma foi solta pela própria Justiça Militar em 1972, após cumprir sua pena por subversão, quando a ditadura ainda estava no auge da repressão. Em seguida, passou a viver em Porto Alegre, com endereço conhecido e fixo, às claras, na legalidade, tanto que ingressou por vestibular na Universidade Federal (UFRGS). Se ela fosse "terrorista" jamais teria sido solta em 1972, nem poderia viver no Brasil legalmente.


 Em tempo: mesmo quem participou de ações armadas e só ficaram livres em 1979 com a lei da anistia, agiram como soldados rebeldes em combate, sendo impróprio o termo terrorista. Nelson Madela, para libertar a África do Sul do regime racista, também partiu para a rebelião armada, diante da repressão à liberdade de organização política. (leia mais aqui).

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