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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 28, 2011

Documentário - O mundo do software livre

http://3.bp.blogspot.com/-JENGvnENq7Y/TcbxBddVlnI/AAAAAAAAAnA/87FCZ47FI4E/s1600/poster_inproprietario.JPG
INPROPRIETÁRIO from malconxx on Vimeo.


INPROPRIETÁRIO from malconxx on Vimeo.

(Brasil, 2008, 32 min. Direção: Daniel Bianchi e Jota Rodrigo)
O documentário mostra que os Sistemas Operacionais Livres tem uma série de vantagens que nos são escondidas: Necessita-se de um equipamento menos potente para desenvolver as mesmas tarefas do que o Windows, é muito menos suscetível à vírus, e consequentemente a problemas de mal-funcionamento, mas acima de tudo, o Sistema Operacional Livre está ligado ao conceito de liberdade. Liberdade de informação, de mudanças e alterações. Além disso o acesso ao código-fonte dá segurança às instituições públicas de saber exatamente o que o Sistema estará fazendo, ao contrário da caixa-preta que é o sistema operacionais privados.
O Acesso livre ao código fonte faz também de vários usuários, colaboradores desse imenso projeto mundial, desenvolvendo-o, atualizando-o, melhorando-o constantemente. Não é a toa que Sistemas com a base GNU/Linux, como o Fedora, Ubuntu e Apache entre outros são extremamente velozes, seguros criativos e inovadores.
Se você ainda não sabe nada sobre o assunto, enverede-se e surpreenda-se.
"Quem está acostumado com o bom, não sabe o que é o melhor".

Download:
Megaupload

Veja também o documentário Revolution OS

*docverdade

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