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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 28, 2011

PRA RIR UM POUCO. TRADUÇÕES DA NORMA CULTA


Para contribuir com o ensino da "Norma Culta"
1-Prosopopéia flácida para acalentar bovinos.
(Conversa mole pra boi dormir);
2-Colóquio sonolento para fazer bovino repousar.
(História pra boi dormir);
3-Romper a face.
(Quebrar a cara);
4-Creditar o primata.
(Pagar o mico);
5-Inflar o volume da bolsa escrotal.
(Encher o saco);
6-Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o sustentáculo de uma das unidades de proteção solar do acampamento.
(Chutar o pau da barraca);
7-Deglutir o batráquio.
(Engolir o sapo);
8-Derrubar com intenções mortais.
(Cair matando);
9-Aplicar a contravenção do João, deficiente físico de um dos membros superiores.
(Dar uma de João sem braço);
10-Sequer considerando a utilização de um longo pedaço de madeira.
(Nem a pau);
11-Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais.
(Nem que a vaca tussa);
12-Sequer considerando a utilização de uma relação sexual.
(Nem fudendo);
13-Derramar água pelo chão, através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente com a extremidade do membro inferior.
(Chutar o balde);
14-Retirar o filhote de eqüino da perturbação pluviométrica.
(Tirar o cavalinho da chuva);

Essa última foi tirada do mais culto livro de palavras clássicas da língu
(A cavalo dado não se olham os dentes!);
a portuguesa:
15 - A bucéfalo de oferendas não perquiris formação ortodôntica!
E agora, para fechar com chave de ouro:

ADVERTÊNCIA PARA FINS DE SEMANA OU FERIADOS:
O orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade.
(Cu de bêbado não tem dono)
*históriavermelha

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