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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Dilma e Wagner mostram em Camaçari o que Alckmin deveria fazer em Pinheirinho

Dilma cumprimenta populares em Camaçari.
A presidenta Dilma e o governador Jacques Wagner (PT/BA) assinaram nesta segunda-feira ordem de serviço para início das obras de construção de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, em Camaçari (Bahia).

2.357 famílias que vivem nas áreas de risco ao longo do Rio Camaçari irão se mudar, assim que as casas estiverem prontas.
Além das casas, serão feitas obras de revitalização urbanística e ambiental, com saneamento, abastecimento de água, saneamento, drenagem, dragagem do rio, despoluição dos afluentes, recuperação do Horto Florestal, com a criação do Parque Botânico.
Os recursos provem do PAC 2, totalizando R$ 274 milhões.
São coisas assim que deveriam ter sido feitas no Pinheirinho, e só não foram porque os governos tucanos estadual e municipal não fazem projetos para pobres saírem da pobreza. Preferem fazer política ao agrado de Naji Nahas.
O discurso da Presidenta está aqui.

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto


Ontem, também em Salvador, a Presidenta participou da cerimônia em memória às vítimas do Holocausto, junto ao governador Jacques Wagner e as ministras Luiza Bairros (Promoção da Igualdade Racial) e Maria do Rosário (Direitos Humanos).
Em seu discurso a Presidenta além de solidarizar com as vítimas, defender mecanismos para que jamais aconteça novamente, lembrou que o Brasil apoiou a criação do estado de Israel desde a primeira hora e o governo brasileiro considera imprescindível para a paz a criação também de um Estado Palestino.
*osamigosdopresidentelula

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