O ALVO MILITAR DO IMPÉRIO AGORA É O PETRÓLEO IRANIANO
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Por Eduardo Bueres
A
república do Irã é um dos maiores gigantes exportadores de petróleo do
mundo; os USA e a UE são os maiores consumidores do ocidente.
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Hoje
as exportações iranianas para essa clientela representa apenas 10% do
volume produzido, o restante é vendido para a República Popular da
China.
Esse
patrimônio energético em país muçulmano e não alinhado com a doutrina
de dominação ocidental, se somado ao domínio da tecnologia nuclear para
uso pacífico ou de defesa...
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se
constituirá numa audácia absolutamente inaceitável para os falcões
belicistas que possuem os mais poderosos exércitos da terra;
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forças
dotadas com artefatos os mais letais até hoje criados pela
'inteligencia' humana; nações que julgam-se donas do mundo e não desejam
o surgimento de nenhum rival na região com poderes a ponto de concorrer
com o estado 'forte apache' de israel nuclearizado.
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O
ódio, a ganância, a hipocrisia, são os valores que até os dias de hoje
tem inspirado os governantes em todas as épocas, não deixando aos povos
outras alternativas que não sejam o medo e a incerteza; um drama imposto
pela minoria dos países mais fortes e armados sobre a maioria dos
países mais fracos e desarmados que desejam a paz; fator distante de
alcançar que, nestes tempos sombrios, se chegar a ocorrer, jamais
representará uma escolha e uma vitória do bom senso, sim um mero
acidente cíclico e temporal.
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Aos bilhões de habitantes da terra, restará continuar a merce da estupidez até o final dos tempos?.
Brasil quer “absorver” inovação tecnológica criada em Portugal
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O Brasil está interessado em “absorver” a inovação tecnológica gerada
em Portugal “nos últimos anos”, sobretudo nas áreas das energias
renováveis e da mobilidade eléctrica, afirma o secretário de Estado da
Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Minas Gerais, Nárcio
Rodrigues.
Depois de conhecer o projecto da rede eléctrica inteligente da EDP
InovCity/Smart Grid, de que a cidade de Évora é o “tubo de ensaio”, o
governante disse que “o Brasil pode ser um ‘parque’ a absorver estas
tecnologias, extremamente úteis ao mundo moderno”.
Lembrando a actual crise Nárcio Rodrigues garantiu que “é hora” de o Brasil agir “de forma solidária com Portugal”.
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Portugal “avançou muito, nos últimos anos, na inovação tecnológica,
especialmente nas energias renováveis”, disse o governante, apontando
igualmente o carro elécrico como “uma experiência portuguesa que vai
servir para o mundo”.
“Não vejo nenhuma dificuldade em que possamos avançar com a transferência destas tecnologias para o Brasil, num ambiente de parceria que pode permitir que sejam aplicadas lá, com resultados para ambos os países”, sublinhou.
Garantindo que Minas Gerais é “o Estado mais português do Brasil”,
Nárcio Rodrigues destacou que o projecto da construtora aeronáutica
brasileira EMBRAER que está a edificar duas fábricas em Évora também é
um elo comum com esta cidade alentejana.
“Assinámos um acordo para a criação de um gabinete de engenharia da
EMBRAER para o desenvolvimento de novos produtos” e, no Brasil, é o
“primeiro escritório” da empresa “fora do Estado de São Paulo”,
explicou.
O secretário de Estado frisou que, para Minas Gerais, a presença da
EMBRAER “é um valor agregado”, sendo que o mesmo vai acontecer em Évora:
“É bom para a EMBRAER, é bom para Évora, porque são ambas marcas muito
fortes”.
O projecto da rede elétrica inteligente da EDP também foi alvo de
elogios de Nárcio Rodrigues, que referiu que decorre no seu estado um
estudo similar e que “não há hoje cidade no Brasil” que não queira “ter o
sistema de Smart Grid implantado”.
“Podemos ‘beber’ muita da experiência que a EDP teve ao formatar o
projecto InovCity aqui e tenho a certeza que muitos outros países virão
buscar esta experiência para a aplicarem nas suas localidades”, disse.
Fonte: Ciência Hoje
ELEGIA PARA UM POETA ESQUECIDO
Heinrich Heine
(1797-1856),
conhecido como o último dos poetas românticos alemães, teve sua poesia
musicada por gigantes como Schumann, Schubert, Mendelssohn, Brahms e
Wagner. Heine exilou-se voluntariamente na França em 1831, onde se identificou com as ideias dos socialistas utópicos.
Crítico mordaz da religião, cunhou a expressão "a religião é o ópio do
povo", posteriormente popularizada por Karl Marx. Sua mais conhecida
profecia, de 1821, antecipou, mais de um século antes, a tragédia da
Alemanha sob o III Reich: "Foi só o prelúdio: onde queimam livros, no final também hão de queimar homens". Aqui, uma pequena coletânea de escritos e poesias, reunidos do livro Heine, hein? Poeta dos contrários, traduzido e comentado por Andrés Vallias.
Em primeiro lugar, a ironia contra as religiões:
Despedida
Larga as parábolas sagradas,
Deixa as hipóteses devotas,
E põe-te em busca das respostas
Para as questões mais complicadas.
Para as questões mais complicadas.
Por que se arrasta miserável
O justo carregando a cruz,
Enquanto, impune, em seu cavalo,
Enquanto, impune, em seu cavalo,
Desfila o ímpio de arcabuz?
De quem é a culpa? Jeová
Talvez não seja assim tão forte?
Ou será Ele o responsável
Por todo nosso azar e sorte?
E perguntamos o porquê,
Até que súbito - afinal -
Nos calam com a pá de cal -
Isto é resposta que se dê?"
Nos calam com a pá de cal -
Isto é resposta que se dê?"
"No
momento em que uma religião requer ajuda da filosofia, seu declínio é
inevitável. Ela busca defender-se e vai tagarelando cada vez mais fundo
na ruína. A religião, como todo absolutismo, não deve se justificar. Prometeu é acorrentado no rochedo por uma violência calada".
Depois, Heine fustiga a torre de marfim dos grandes filósofos alemães:
![]() |
O filósofo F. W. Hegel |
"Grandes
filósofos alemães, que por acaso lancem o olhar sobre estas folhas,
irão dar de ombros elegantemente acerca da forma miserável de tudo o que
dou a público aqui. Mas queiram eles levar em conta que o pouco que
digo é completamente claro e inteligível, enquanto que suas obras, ainda
que tão fundamentadas, incomensuravelmente fundamentadas, tão
profundas, estupendamente profundas, são incompreensíveis. Do que vale
ao povo o celeiro para o qual não tem a chave? O povo está faminto de
saber, e agradece um pedacinho de pão do espírito que partilho com ele
honestamente."
![]() |
Maximilien Robespierre |
Já
aqui, o poeta desdenha os revolucionários puritamos que cultuam a
virtude e ignoram o caráter subversivo e pagão da Revolução:
"Não
lutamos pelos direitos humanos do povo, mas pelos direitos humanos dos
homens. Nisso, e ainda em algumas outras coisas, nos distinguimos dos
homens da Revolução. Não queremos ser sans-culottes, cidadãos
frugais, presidentes baratos: nós promovemos uma democracia de deuses
em igualdade de magnificiência, santidade e alegria. Reivindicais
trajes simples, costumes abnegados e prazeres sem tempero; nós, pelo
contrário, reivindicamos o néctar e ambrosia, mantos púrpuras, perfumes
caros, volúpia e esplendor, dança sorridente e ninfas, música e
comédias."
E, finalmente, outra "profecia" sombria de Heine sobre o futuro da Alemanha:
"O
pensamento vai à frente da ação, como o raio do trovão. O trovão
alemão é sem dúvida alemão e não muito ágil, e vem se formando devagar;
mas ele virá, e quando vós o escutardes troar, como nunca antes troou
na história do mundo, sabereis então que ele finalmente atingiu o seu
alvo. [...] Um drama há de ser encenado na Alemanha que fará a
Revolução Francesa parecer um idílio inofensivo."
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