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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 25, 2012


Arrastão volta à moda na Chuíça (*). A Cracolândia também …



Saiu na Folha (**), na pagina C1:

“Número de arrastões explode em SP.”


De janeiro até agora foram 13 ocorrências, a mesma quantidade de 2011, de acordo com dados da Policia Civil.


(Este ansioso blog já observou que, na Secretaria de Segurança  do Rio, as estatisticas de Segurança em SP sao lidas com a mesma incredulidade com que se consulta o acervo do Estadão.)

Agora, diz a Folha, os assaltantes arrastam em prédios sem “atrativos”.

Porque seriam novatos em assaltos, “viciados em drogas,  que não tem muito preparo e agem em qualquer lugar só para conseguir um dinheiro para sustentar suas festas e seu vício,” diz policial entrevistado.



Navalha
O que surpreende muito o ansioso blogueiro, já que o governo tucano de São Paulo empreendeu implacável ofensiva militar contra os redutos do crack, com a mesma eficácia com que devolveu Pinheirinho a Naji Nahas.
Logo, esses novatos em arrastões devem ter outro perfil.
Uma vez que os viciados em crack ja foram convertidos a atividades produtivas e edificantes pelo Sistema Tucano Regenerador.
Da mesma forma que a Cracolândia voltou a existir, agora de forma pulverizada, descentralizada.
Com uma logística muito mais eficiente, portanto.
Eles sao uns jênios !
Paulo Henrique Amorim
(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

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