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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 31, 2012

Dilma faz homenagem a Lula pelas ações sociais

SANDRA MANFRINI - Agência Estado

A presidenta Dilma Rousseff prestou nesta quarta-feira mais uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a participação de toda plateia presente a uma solenidade no Palácio do Planalto, que ao ouvir a referência ao nome de Lula ficou de pé para aplaudir e entoou o antigo slogan: "Olé, olé, olá, Lula, Lula". Durante cerimônia de entrega do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Dilma disse que "pessoas certas, nos lugares certos, na hora certa mudam os processos",e aproveitou o momento para homenagear o ex-presidente Lula pelas iniciativas pela redução da pobreza, desigualdades e pelo desenvolvimento do País.
"Tenho certeza que faço essa homenagem pelo desempenho de Lula em se comprometer no Brasil com a questão do desenvolvimento e da oportunidade para os mais pobres do País e seu comprometimento internacional com a luta pela erradicação da pobreza nas regiões pobres do nosso planeta, que ele conhecia bem porque são parecidas com as do Brasil", disse Dilma bastante emocionada.
O Prêmio ODM agraciou 20 organizações sociais e prefeituras que apresentaram as melhores práticas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Dilma, em seu discurso, destacou que a iniciativa da premiação representa muito porque ela "reafirma a causa da justiça social que combate a exclusão na construção de um país sem pobreza".
Segundo a presidente, o Brasil caminha firmemente para o cumprimento das metas e objetivos do milênio. Ela disse que o País percebeu que o desenvolvimento e crescimento econômico que não respeitam o meio ambiente comprometem presente e futuro do País. "A soma de incluir, crescer e preservar resulta em crescimento qualitativamente melhor e quantitativamente maior", disse, lembrando que, ao longo da história, para muitos, o país podia ser rico e a população permanecer pobre. "Estamos mostrando na prática que isso é uma mentira", destacou. 

*esquerdopata

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