Frei Beto lamenta que comissão não seja da justiça
O ex-preso político Frei Beto teme que a Comissão da Verdade se torne a comissão da vaidade. Para ele, ainda que se ouçam os dois lados, não se pode comparar os agentes da ditadura aos militantes políticos.
Evidente
que Frei Beto tem toda razão. Como comparar os repressores, com todo
apoio e aparato do Estado, suas forças treinadas como o Exército,
Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Civil e Federal abrigando o
malfadado DOPS em seu seio com o único objetivo de controlar vida da
população, com o que de mais moderno havia à época, a um grupo que
resistia apenas na base da coragem, sem nenhum país dando suporte, seja
com armas, logística ou o que quer que seja. Muito pelo contrário, os
Estados Unidos apoiavam os ditadores, até através da CIA, como pode ser
visto na matéria de Marina Amaral da Agência Pública e publicada também
aqui com o título de “Conversas com Mr. Dops”.
Frei
Beto, frade dominicano de nome Carlos Alberto Libânio Christo é autor
de 3 livros sobre vítimas da ditadura e lamenta que a comissão seja da
“verdade e não da justiça”. Para ele, no entanto, esse pode ser o
primeiro passo para a responsabilização dos torturadores.
É
o que a grande maioria da população brasileira espera. Que sejam
responsabilizados e punidos exemplarmente. Afinal a lei da anistia foi
concedida durante a ditadura, pelos ditadores e torturadores. Aquele
velho caso da raposa que vigia o galinheiro.
Do alto de sua sabedoria Frei Beto deve ter seus motivos ao conceder entrevista ao O Globo, um dos mais poderosos tentáculos do PIG
que sempre defendeu os ditadores, e ainda continua acobertando os
políticos de direita, fazendo “vista grossa” para as safadezas de gente
como o “coisa ruim” Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Kassab e sua quadrilha ratos que corroem o patrimônio público, e também à pseudo-elite nojenta brasileira.
A entrevista na íntegra pode ser vista aqui.
Por: Eliseu
*OCarcará
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