CPI do silêncio
A semana termina com a CPI do Cachoeira sem dar nenhuma resposta à população.
Ontem
(24), três integrantes da quadrilha do criminoso Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira repetiram a postura de seu chefe e alegaram o
direito constitucional de permanecer calado.
De acordo com a CartaCapital,
o tucano Wladmir Garcez (PSDB), ex-vereador de Goiânia e integrante da
quadrilha foi primeiro a não responder perguntas desta quinta. Ele se
limitou a ler um texto preparado previamente. O ex-vereador confirmou
que era contratado pela Delta Construções, suspeita de ligação com a
organização criminosa investigada, e disse trabalhar como assessor do
então diretor regional da companhia no Centro-Oeste, Cláudio Abreu. Por
esse trabalho, o ex-vereador recebia R$ 20 mil. Garcez disse que nunca
entregou dinheiro ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e que
as gravações feitas pela Polícia Federal no inquérito são “montagens”.
Garcez
também disse que recebia mensalmente de Carlinhos Cachoeira R$ 5 mil
para assessorá-lo em sua empresa de medicamentos. O interesse tanto da
Delta quanto de Cachoeira no trabalho do ex-vereador, segundo seu
depoimento, ocorreu pela proximidade que ele tinha ou aparentava ter com
autoridades políticas em todas as esferas. Essas relações, segundo
Garcez, foram construídas durante o tempo que foi vereador e presidente
da Câmara Municipal de Goiânia. “Para me ‘cacifar’ eu demonstrava ter mais poder, mais força”, contou o vereador.
Em
seguida, o araponga e ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de
Araújo, mais conhecido como Dadá, também não respondeu perguntas. Dadá é
considerado o braço-direito de Cachoeira. O araponga Jairo Martins de
Souza foi o último a comparecer à sessão, que durou quase três horas.
Obviamente
que as leis brasileiras sendo formuladas por bandidos, sempre defenderá
seus bandidos criadores, criando situações constrangedoras como essa.
Bandidos que não respondem aos “dignos” deputados e senadores, muitos dos quais também bandidos travestidos de autoridades.
Por: Eliseu
*OCarcará
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