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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 23, 2012

Deputados que votaram contra acabar com o trabalho escravo


Partido  Parlamentar UF Voto
DEM Abelardo Lupion PR Não
DEM Jairo Ataide MG Abstenção
DEM Lira Maia PA Não
DEM Luiz Carlos Setim PR Não
DEM Paulo Cesar Quartiero RR Não
DEM Ronaldo Caiado GO Não




PDT Giovanni Queiroz PA Não
PDT Marcos Rogério RO Obstrução




PHS José Humberto MG Não




PMDB Alceu Moreira RS Não
PMDB André Zacharow PR Não
PMDB Antônio Andrade MG Não
PMDB Asdrubal Bentes PA Abstenção
PMDB Carlos Bezerra MT Abstenção
PMDB Edio Lopes RR Não
PMDB Eduardo Cunha RJ Abstenção
PMDB Genecias Noronha CE Abstenção
PMDB João Magalhães MG Abstenção
PMDB Joaquim Beltrão AL Abstenção
PMDB Júnior Coimbra TO Não
PMDB Marinha Raupp RO Não
PMDB Valdir Colatto SC Não
PMDB Washington Reis RJ Abstenção
PMDB Wilson Filho PB Abstenção




PP Beto Mansur SP Não
PP Carlos Magno RO Não
PP Lázaro Botelho TO Abstenção
PP Luis Carlos Heinze RS Não
PP Nelson Meurer PR Não




PR Aelton Freitas MG Abstenção
PR Bernardo Santana de Vasconcellos MG Não
PR João Carlos Bacelar BA Abstenção
PR Wellington Fagundes MT Abstenção




PSC Nelson Padovani PR Não
PSC Zequinha Marinho PA Abstenção




PSD Diego Andrade MG Abstenção
PSD Eduardo Sciarra PR Não
PSD Eliene Lima MT Abstenção
PSD Francisco Araújo RR Não
PSD Guilherme Campos SP Não
PSD Hélio Santos MA Abstenção
PSD Homero Pereira MT Não
PSD Irajá Abreu TO Não
PSD Júlio Cesar PI Abstenção
PSD Junji Abe SP Abstenção
PSD Marcos Montes MG Não
PSD Moreira Mendes RO Abstenção
PSD Onofre Santo Agostini SC Abstenção
PSD Raul Lima RR Não
PSD Ricardo Izar SP Abstenção




PSDB Berinho Bantim RR Não
PSDB Carlos Brandão MA Abstenção




PTB Jovair Arantes GO Abstenção
PTB Magda Mofatto GO Abstenção
PTB Nelson Marquezelli   SP Não     

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