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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 10, 2012

Ibope-SP: Dilma/Haddad 65% x 22% Kassab/Serra

A pesquisa do Ibope junto aos eleitores da capital paulista, apurou a aprovação dos governantes municipal, estadual e federal:

Dilma foi a campeã com 65% de ótimo e bom:

Ótimo: 17%
Bom: 48%
Regular: 25%
Ruim: 4%
Péssimo: 4%
Não sabe/não respondeu: 1%

Alckmin se saiu razoável com 42% de ótimo e bom:

Ótimo: 6%
Bom: 36%
Regular: 38%
Ruim: 10%
Péssimo: 8%
Não sabe/não respondeu: 2%

Kassab foi o "lanterna", com 22% de ótimo e bom:

Ótimo: 17%
Bom: 48%
Regular: 25%
Ruim: 4%
Péssimo: 4%
Não sabe/não respondeu: 1%

A alta popularidade de Dilma favorece o novato em campanhas, Haddad, já que foi ex-ministro da educação e será o candidato mais identificado com a presidenta. Em menor escala, favorece também os outros candidatos que não fazem oposição à ela. E é um sério problema para o tucano José Serra, já que ele se coloca como candidato anti-Dilma desde 2010 e nacionaliza a eleição paulista, insistindo em críticas ao governo federal.

A má avaliação de Kassab também é um problema para a campanha de Serra.

A intenção de votos para prefeito de São Paulo está na nota abaixo.
*osamigosdopresidentelula

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